Ordem de Aziz provoca divis�o na comiss�o

A pris�o do ex-diretor do Departamento de Log�stica do Minist�rio da Sa�de Roberto Ferreira Dias dividiu os integrantes da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid e provocou cr�ticas at� entre velhos aliados, que comp�em o grupo G-7. Em p�blico, por�m, todos negaram um racha na comiss�o ap�s a ordem dada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

O senador foi criticado por ter dado ordem de pris�o a Dias ap�s ignorar apelos para a deten��o de outras testemunhas ouvidas na comiss�o, entre elas o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello, o ex-secret�rio de Comunica��o Social Fabio Wajngarten e o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que acusou Dias de pedir propina na negocia��o de vacinas contra covid-19.

Ap�s a decis�o, senadores questionaram a ordem de Aziz. "O presidente da CPI tem autonomia para decretar a pris�o do depoente por falso testemunho e isso deve ser respeitado, mas questiono a falta de isonomia na decis�o. Dias n�o foi o primeiro a mentir flagrantemente na comiss�o. � importante manter o foco: s�o mais de 525 mil mortos", disse o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Aziz, por�m, manteve a ordem de pris�o. Parlamentares avaliaram que a decis�o serve como um recado para testemunhas e investigados que ser�o ouvidos a partir de agora.

A partir de agora, a CPI deve avan�ar na investiga��o sobre den�ncias de corrup��o no governo do presidente Jair Bolsonaro. Dias � apontado como um importante elo nessa apura��o, embora tenha negado articula��o para compra das vacinas.

Bate-boca

Uma nota assinada pelo ministro da Defesa, Walter Braga Neto, e pelos comandantes das For�as Armadas criticando Aziz provocou rea��o no Senado. Mais cedo, durante sess�o da CPI, Aziz havia dito que "h� muitos anos a gente n�o via membros do lado podre das For�as Armadas envolvidos com falcatrua do governo".

Divulgada ap�s a pris�o de Dias, a nota classificou a declara��o do presidente da CPI como "grave, infundada e irrespons�vel". O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tentou apaziguar as cr�ticas e manifestou respeito �s For�as.

"Vossa Excel�ncia deveria dizer �a nota � desproporcional. Eu n�o aceito que se intimide um senador da Rep�blica�", reclamou Aziz para Pacheco. Depois, virando-se para o l�der do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), refor�ou a cr�tica. "E Vossa Excel�ncia sabe muito bem que eu nunca desrespeitei as For�as Armadas. Os meus respeitos aos grandes brasileiros que fazem parte das For�as Armadas e meu desrespeito total �queles envolvidos com falcatruas", disse ele.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.