
Franciele Fantinato foi convocada � CPI ap�s o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, atribuir � ex-coordenadora a responsabilidade pela edi��o de uma nota t�cnica recomendando aos Estados a aplica��o da segunda dose, com qualquer vacina dispon�vel, em gestantes que tomaram a primeira dose de Astrazeneca, sem nenhuma comprova��o de seguran�a ou efici�ncia da a��o em gr�vidas. A discuss�o veio � tona ap�s a morte de uma gestante que havia recebido o imunizante da AstraZeneca no Rio de Janeiro.
"N�o � contraindica��o para a gestante, � a precau��o, ent�o se faz uma avalia��o de risco benef�cio", afirmou a ex-chefe do plano de imuniza��o. Ela declarou que o �rg�o recebeu a notifica��o de um evento adverso grave em gestante no dia 7 de maio. Ap�s isso, o PNI resolveu sugerir a intercambialidade porque o outro caminho seria suspender o uso da vacina em gestantes e s� imuniz�-las ap�s o parto, comprometendo a prote��o desse grupo.
A nota sugerindo a aplica��o da segunda dose com outro imunizante foi emitida no dia 14 de maio. Ela revelou que a assessoria de comunica��o de Queiroga pediu em seguida que o documento fosse retirado do ar e dos contatos com os Estados. "A intercambialidade � um meio muito promissor, j� sa�ram diversos estudos", declarou Francieli.
Covaxin
Francieli tamb�m revelou � CPI que o �rg�o recomendou ao Minist�rio da Sa�de cobrar os dados de efic�cia da Covaxin e as provid�ncias caso o imunizante se mostrasse menos eficaz para novas variantes do novo coronav�rus.
O alerta foi feito no dia 19 de fevereiro e seguiu par�metros observados nas negocia��es de outras vacinas, de acordo com a ex-chefe do programa de imuniza��o. Os t�cnicos observaram que ainda n�o havia dados de efic�cia suficientes da vacina indiana, mas que "considerando o cen�rio, entendem que o perfil de risco-benef�cio � favor�vel com elevado impacto positivo na sa�de da popula��o", conforme Francieli.
A compra da vacina Covaxin � a principal linha de investiga��o da CPI da Covid no momento. Os senadores suspeitam de um suposto esquema de corrup��o no Minist�rio da Sa�de. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), voltou a chamar aten��o para a "pressa" do presidente Jair Bolsonaro em comprar as doses da Covaxin enquanto "desdenhava" de outros fabricantes, como a Pfizer.