MBL quer bolsonaristas fora para aderir ao PSL

Ap�s anunciar que voltar� �s ruas para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, o Movimento Brasil Livre (MBL) negocia com o PSL a migra��o em bloco do grupo para a sigla com o objetivo de disputar as elei��es de 2022 e lan�ar o deputado estadual Arthur Do Val ao governo paulista. A organiza��o condicionou a articula��o, por�m, � expuls�o de todos os bolsonaristas que ainda permanecem no partido.

O assunto ser� tratado hoje, em uma reuni�o da c�pula do MBL com o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL.
Na disputa pela prefeitura paulistana no ano passado, Do Val, que se apresenta nas redes sociais como Mam�e Falei, concorreu pelo Patriota e recebeu mais de 500 mil votos (9,78%), ficando em 5� lugar.

Na ocasi�o, a legenda fez um acordo com o MBL e entregou ao grupo o comando do seu diret�rio municipal. Na pr�tica, o movimento de direita e de bandeiras liberais que liderou as manifesta��es contra Dilma Rousseff (PT) tornou-se um partido dentro de outro.

Mas ap�s o Patriota receber a filia��o do senador Fl�vio Bolsonaro (RJ) e abrir suas portas ao presidente da Rep�blica e seu grupo, o Movimento Brasil Livre passou a procurar alternativas para ir �s urnas no ano que vem. "N�o vou entrar em partido que tenha bolsonarista", disse Do Val ao Estad�o.

A estrat�gia costurada pelo presidente do PSL-SP, deputado Junior Bozzella - que tamb�m integra a executiva nacional do partido -, � anunciar no mesmo dia em um ato pol�tico as filia��es de Arthur Do Val e do apresentador Jos� Luiz Datena, que assinou recentemente a ficha de filia��o depois de deixar o MDB.

Apesar de o jornalista da Band ter desistido de ser candidato em cima da hora em outras ocasi�es, o PSL n�o tem nada a perder. Nem Datena, que se mant�m como um "player" pol�tico com a anu�ncia da emissora em que trabalha.

O partido vai apresent�-lo como pr�-candidato ao Planalto e assim se cacifar nas negocia��es com o centro e ganhar lugar nas pesquisas de inten��o de voto. O MBL chegou a lan�ar o apresentador Danilo Gentili como "presidenci�vel", mas apoia Datena, considerado mais competitivo. O PSL tem se movimentado em sintonia com o MDB. Os dois partidos querem lan�ar um programa de governo conjunto e atuar juntos no ano que vem.

Com as novas den�ncias contra o presidente e seu derretimento nas pesquisas, os ventos mudaram de lado no PSL, que agora prega uma repagina��o da marca para tentar manter parte da for�a conquistada em 2018, quando elegeu 52 deputados federais.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.