
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou a conven��o nacional do Patriota que decidiu pelo afastamento, por 90 dias, do presidente do partido, Adilson Barroso. A reuni�o ocorreu no �ltimo dia 24 e o afastamento foi decidido pela maioria dos membros. Parte da legenda alega que Barroso tem feito negocia��es individuais com Jair Bolsonaro, que pretende se filiar � sigla, sem consultar os demais.
Quem assume o comando do partido � Ovasco Resende, antes vice-presidente do Patriota. Agora, o caso dever� ser encaminhado ao conselho de �tica da sigla para an�lise. O julgamento final ficar� a cargo da executiva nacional. Da decis�o do Tribunal ainda cabe recurso.
No despacho do documento, consta o nome do presidente do TSE, Lu�s Roberto Barroso, mas a decis�o foi assinada eletronicamente pelo ministro Edson Fachin.
O magistrado determinou ainda a restaura��o da composi��o dos �rg�os de dire��o, conforme definidos na conven��o nacional de 7/11/2018, o restabelecimento dos delegados nacionais com a consequente exclus�o daqueles que foram nomeados em seu lugar, entre outros. A forma como as negocia��es da filia��o do presidente Jair Bolsonaro foram feitas causou um racha no partido representada pelos dois nomes.
Entre as acusa��es contra o presidente afastado, est�o irregularidades que teriam sido cometidas, como a mudan�a de senha no Sistema de Gerenciamento de Informa��es Partid�rias (SGIP) do Patriota no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a destitui��o e nomea��o de delegados de forma irregular, sem qu�rum suficiente para a tomada de decis�es.
Ao Correio, sobre a poss�vel filia��o do presidente Bolsonaro ao Patriota, Ovasco reafirmou que o grupo nunca foi contra, e que sempre esteve aberto ao di�logo. "Como sempre falamos, ningu�m do nosso grupo � contra a vinda do presidente. O que sempre dissemos � que estavam (Adilson Barroso) aproveitando da possibilidade da vinda dele para dar um golpe e assumir majoritariamente o comando do partido. Sempre estivemos abertos ao di�logo, a qualquer pessoa que queira ser candidato. Inclusive isso � uma obriga��o de um partido pol�tico. Vamos conduzir o partido respeitando os companheiros, respeitando nosso estatuto e buscando crescimento para superarmos a cl�usula de barreira", declarou.
Questionado se pretende iniciar nova negocia��o com o presidente, ele relatou que "sempre estivemos aberto ao di�logo e sempre continuaremos".
Sobre o interesse de Bolsonaro nos diret�rios de S�o Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e se essas partes pode ser negociadas, Ovasco respondeu que "somos do di�logo e da transpar�ncia. Em uma composi��o, os lados tem que ter seguran�a", concluiu.
No �ltimo dia 28, Bolsonaro afirmou que, caso dependesse de sua vontade, j� teria escolhido um partido para se filiar. "O ideal � que n�o precisasse de um partido para disputar elei��o. Seria o ideal. Agora, os partidos, todos t�m seus problemas. Eu, por mim, j� tinha escolhido um partido", disse, sobre os embates dentro da sigla.