A CPI da Covid no Senado tentar� nesta semana avan�ar nas investiga��es das suspeitas de corrup��o que envolvem a compra das vacinas da Covaxin e da AstraZeneca. Nesta ter�a-feira, 13, o depoimento � de uma testemunha ligada ao caso da vacina indiana, enquanto na quarta, 14, e na quinta-feira, 15, est�o marcadas oitivas de pessoas que participaram da suposta tentativa de venda de 400 milh�es de unidades da AstraZeneca ao Minist�rio da Sa�de pela empresa norte-americana Davati Medical Supply. Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) disse ao Estad�o esperar novas revela��es.
Amanh�, a oitiva � de Emanuela Medrades, diretora t�cnica da Precisa Medicamentos. A empresa atuou como intermedi�ria entre o laborat�rio indiano Bharat Biotech e o Minist�rio da Sa�de na venda de doses da Covaxin - e teria pedido inclusive um adiantamento dos pagamentos, o que n�o � usual. O nome de Medrades aparece em v�rios momentos nas trocas de e-mails entre a empresa e o Minist�rio da Sa�de. Os sigilos telef�nico e telem�tico (mensagens) dela j� foram quebrados pela CPI.
Os depoimentos seguintes s�o sobre a suposta tentativa de venda de 400 milh�es de doses da vacina AstraZeneca pela Davati. Na quarta-feira, fala o reverendo Amilton Gomes de Paula, um religioso do Distrito Federal que teria facilitado o acesso do representante da Davati ao Minist�rio.
Na quinta, est� marcado o depoimento do coronel da reserva do Ex�rcito Marcelo Blanco. Ele participou do jantar no qual um servidor do Minist�rio da Sa�de teria pedido propina ao suposto vendedor de vacinas da Davati, o cabo da PM de Minas Luiz Paulo Dominghetti Pereira.
Segundo disse Renan Calheiros ao Estad�o, o colegiado aguarda os depoimentos para "confirmar aspectos da investiga��o (sobre a compra de vacinas) que ainda precisam de provas", e que "outros fatos escabrosos dever�o vir � tona".
"A sensa��o � que estamos diante de um mar de lama. Haviam grupos que roubavam enquanto o governo se recusava a comprar vacinas cujas ind�strias n�o consentissem propinas. Preferia compr�-las a atravessadores e lobistas", disse o senador alagoano.
Prorroga��o
Outro desdobramento esperado para esta semana � a poss�vel leitura do requerimento de prorroga��o dos trabalhos da CPI, a ser feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Instalada no dia 27 de abril, a CPI da Covid tem um prazo inicial de funcionamento de 90 dias - por causa do recesso parlamentar no Senado, este per�odo inicial se estenderia at� o dia 7 de agosto.
Na �ltima quarta-feira, 7, Pacheco disse que s� faria a leitura do requerimento para adiar a CPI pr�ximo ao fim do prazo, ou seja, em agosto.
Mas, no fim da semana passada, o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a leitura deve ser feita j� no come�o da semana, nesta ter�a-feira, dia 13. O requerimento de prorroga��o dos trabalhos da CPI da Covid j� reuniu as assinaturas necess�rias.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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