O presidente Jair Bolsonaro indicou formalmente o ministro da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), Andr� Mendon�a, para assumir a vaga deixada por Marco Aur�lio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). A indica��o consta na edi��o do Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) desta ter�a-feira, 13. O chefe do Pal�cio do Planalto confirmou ontem que indicaria Mendon�a, que ainda precisa ter o nome aprovado pelo Senado Federal, onde enfrenta resist�ncias.
Com isso, Bolsonaro cumpre sua promessa de campanha de indicar ao STF algu�m "terrivelmente evang�lico". O advogado-geral � pastor presbiteriano e, se al�ado ao Supremo, pode fortalecer a liga��o do presidente com grupos religiosos, importantes no xadrez eleitoral de 2022. O perfil do poss�vel novo ministro do Supremo foi, inclusive, destacado ontem por Bolsonaro durante entrevista coletiva. "Mendon�a � extremamente evang�lico. Pedi a ele que, uma vez por semana, comece a sess�o (no Supremo) com uma ora��o", afirmou, ap�s encontro com o presidente do STF, ministro Luiz Fux.
Seguindo os ritos constitucionais, Mendon�a agora deve passar por sabatina no Senado Federal. Para ser aprovado, o ministro precisa do voto de pelo menos 41 dos 81 senadores. Muitos parlamentares da Casa t�m reservas ao indicado de Bolsonaro pelo uso da Lei de Seguran�a Nacional (LSN) contra cr�ticos do governo enquanto ocupava o Minist�rio da Justi�a.
Ciente das resist�ncias, Mendon�a h� tempos tem procurado senadores para garantir sua aprova��o. "O Andr� vem fazendo a peregrina��o no Senado Federal. Na contagem dele, existe, sim, uma grande possibilidade de ser aceito", ressaltou ontem Bolsonaro.
Mendon�a foi ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica entre abril de 2020 e mar�o deste ano. � frente da pasta, foi alvo de queixa-crime por supostos crimes de responsabilidade, acusado de utilizar o cargo para intimidar opositores do presidente Bolsonaro e empregar a Pol�cia Federal como "instrumento de persegui��o". A queixa foi embasada por epis�dios em que Mendon�a recorreu � LSN para "defender a honra" do presidente, como quando abriu investiga��o em virtude de um outdoor contr�rio a Bolsonaro no Tocantins.
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