O corpo do miliciano Adriano Magalh�es da N�brega, conhecido como Capit�o Adriano, foi exumado para realiza��o de novos exames sobre as circunst�ncias de sua morte, ocorrida em 9 de fevereiro de 2020 ap�s tiroteio com a pol�cia no munic�pio de Esplanada, interior da Bahia. O procedimento foi solicitado pelo Minist�rio P�blico e autorizado pela Justi�a da Bahia e do Rio de Janeiro.
Adriano era apontado por investigadores do Rio como chefe do Escrit�rio do Crime, mil�cia especializada em homic�dios por encomenda e ligada a Ronnie Lessa, ex-PM preso sob acusa��o de ter matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em mar�o de 2018. No entanto, a apura��o mais sens�vel contra o miliciano era a que mira suposto esquema de 'rachadinha' no gabinete do senador Fl�vio Bolsonaro, filho '01' do presidente, � �poca em que ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio.
De acordo com as investiga��es do Minist�rio P�blico do Rio, Adriano integrava 'o n�cleo executivo da organiza��o criminosa' denunciada, c�lula do grupo que era liderada pelo senador Fl�vio Bolsonaro. A m�e do miliciano, Raimunda Veras Magalh�es, e a ex-mulher Danielle Mendon�a da Costa foram assessoras do ent�o deputado. Os investigadores apontam ainda ao menos sete liga��es entre o miliciano e o ex-assessor parlamentar Fabr�cio Queiroz, suposto operador do esquema instalado no gabinete do filho mais velho do presidente.
O corpo de Adriano j� passou por duas necropsias que indicaram que o miliciano foi morto por dois tiros de fuzil, disparados a, no m�nimo, um metro e meio de dist�ncia. Laudo do Instituto M�dico Legal do Rio indicou ainda que o miliciano tinha nas costelas fraturas compat�veis com tiros e n�o apresentava "les�es violentas" - que poderiam indicar tortura.
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