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Estado de Minas ELEI��ES 2014

V�deo que circula nas redes n�o prova que houve fraude nas elei��o de 2014

N�o existe prova de que as elei��es presidenciais de 2014 tenham sido fraudadas


15/07/2021 10:22

N�o h� provas de que as elei��es de 2014 tenham sido fraudadas. Em um v�deo de 2018, que voltou a ser compartilhado nas redes sociais depois de coment�rios feitos sobre o assunto pelo presidente Jair Bolsonaro, um suposto especialista usa metodologia incorreta para analisar os dados da apura��o minuto a minuto dos votos para presidente no segundo turno.

Conte�do verificado: Em v�deo publicado nas redes sociais em 2018, um suposto especialista analisa a apura��o dos votos das elei��es de 2014 e conclui que houve fraude no segundo turno e que a vit�ria deveria ter sido de A�cio Neves (PSDB).

Um v�deo com acusa��es inconsistentes de fraude nas elei��es de 2014 voltou a circular nas redes sociais ap�s coment�rios do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante conversas com apoiadores, no dia 8 de julho. O conte�do mostra uma entrevista da ex-candidata a deputada estadual de S�o Paulo pelo PSL Naomi Yamaguchi com uma fonte an�nima que apresenta supostos ind�cios de irregularidades no pleito daquele ano.

Ao contr�rio do que sugere o v�deo, n�o h�, at� o momento, provas de que ocorreram fraudes nas elei��es de 2014 e em outras disputas eleitorais desde a ado��o do sistema eletr�nico para o processamento dos resultados, em 1994. Especialista consultado pelo Comprova, verifica��es antigas, bem como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) j� desmentiram os apontamentos enganosos propagados no material.

O v�deo erra ao comparar os resultados parciais iniciais da elei��o com pesquisas de inten��o de voto. Al�m dos principais levantamentos apontarem para um resultado final pr�ximo ao registrado, diferen�as entre pesquisas eleitorais e o desfecho de elei��es n�o configuram prova s�lida de fraude.

A an�lise gr�fica sobre a curva dos votos dos candidatos ignora que a contabiliza��o dos votos n�o � distribu�da de maneira uniforme durante o per�odo de apura��o. A queda na curva do candidato A�cio Neves (PSDB) n�o foge do esperado, tampouco permite concluir que houve fraude. O padr�o alardeado no v�deo se baseia em uma metodologia pouco clara e imprecisa.

J� a aplica��o da chamada Lei de Benford - princ�pio matem�tico usado para tentar identificar fraudes em auditorias fiscais e cont�beis - no contexto eleitoral � controversa e, isoladamente, n�o fornece ind�cios suficientes para provar a ocorr�ncia de irregularidades.

Como verificamos?

Para analisar o v�deo enganoso, o primeiro passo do Comprova foi confirmar se os dados dos resultados parciais apresentados na grava��o estavam corretos. A reportagem identificou que os dados foram extra�dos de uma cobertura do portal de not�cias G1, que tem como fonte o TSE. Tamb�m solicitamos ao Tribunal acesso aos dados do acompanhamento minuto a minuto das elei��es 2014.

Em seguida, considerando que o v�deo foi publicado h� pelo menos dois anos, o Comprova promoveu buscas por verifica��es de outros ve�culos sobre o v�deo e as alega��es disseminadas pelo conte�do. Identificamos uma checagem de fatos da Ag�ncia P�blica e uma resposta do TSE publicada em 2018, que contestavam os boatos. Tamb�m encontramos uma verifica��o antiga do Comprova acerca de um boato similar sobre a Lei de Benford e elei��es 2014.

Consultamos o professor do Departamento de Ci�ncia da Computa��o da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, Diego Aranha, que confirmou a inviabilidade das an�lises presentes no v�deo e nos recomendou a mat�ria da Ag�ncia P�blica. Procuramos tamb�m por manifesta��es recentes no TSE sobre a seguran�a das urnas eletr�nicas.

Al�m disso, tentamos contato com o homem identificado como Alexandre Chut. Ele aparece no v�deo como suposto especialista, mas n�o obtivemos retorno.

Verifica��o

Pesquisas eleitorais n�o determinam resultado da elei��o

O primeiro argumento enganoso do v�deo diz respeito �s pesquisas eleitorais. Um homem identificado como Alexandre Chut e um entrevistado an�nimo, que aparece conversando com Naomi Yamaguchi, apontam que pesquisas eleitorais "fundamentadas" indicavam que A�cio Neves teria cerca de 70% das inten��es de votos antes da elei��o. Eles n�o esclarecem, no entanto, qual institui��o foi respons�vel pelos levantamentos, tampouco quem foram os contratantes da pesquisa.

Pesquisas do Datafolha e do Ibope, por outro lado, indicavam uma disputa acirrada, na margem do empate t�cnico entre os candidatos. Nos dois �ltimos levantamento do Ibope, alguns dias antes da elei��o, Dilma Rousseff (PT) abriu uma vantagem entre 8% e 10% em rela��o ao tucano. No dia anterior ao pleito, a Vox Populi indicou 7% de vantagem para a petista, j� uma pesquisa da Confedera��o Nacional dos Transportes estipulou um empate t�cnico.

De qualquer maneira, a diferen�a do resultado final para pesquisas eleitorais n�o implica fraude. Em nota publicada ainda em 2018, em resposta ao v�deo enganoso, o TSE aponta que "o desempenho dos candidatos nas pesquisas eleitorais n�o constitui um fator determinante no resultado das elei��es, pois pesquisas est�o sujeitas a erros amostrais inexistentes na realidade do processo eleitoral."

Curva acentuada no in�cio � comum

As pessoas que aparecem no v�deo mencionam a suposta pesquisa eleitoral que mostrava uma vit�ria folgada de A�cio para ancorar uma an�lise equivocada sobre o gr�fico da apura��o de votos do segundo turno. Tanto o entrevistado an�nimo como Alexandre Chut tratam com estranheza que o candidato tucano tenha alcan�ado 67% dos votos no in�cio da apura��o e sofrido uma queda at� ser ultrapassado por Dilma depois de 2 horas e meia de apura��o.

"Como cai tanto em 2h30 quando os votos do sul do pa�s estavam sendo computados...", diz uma imagem apresentada no v�deo.

O gr�fico, por�m, n�o mostra nada al�m de que A�cio obteve muitos votos nas regi�es Sudeste e Sul do Pa�s, cujos dados foram processados primeiro. Diferentemente do que o v�deo sugere, � natural que no come�o da apura��o a diferen�a entre os candidatos seja maior do que o resultado final.

Isso pode acontecer porque no come�o da contagem o n�mero absoluto de votos � baixo, ent�o a diferen�a entre o n�mero de votos dos candidatos nas primeiras parciais ter� um impacto mais significativo na curva do gr�fico do que quando j� se tem muitos votos apurados. O tucano come�ou na frente embalado pela apura��o de votos da regi�o Sudeste, onde obteve um bom desempenho.

Ao atingir a marca de 67% alardeada no v�deo, A�cio continha 94,6 mil de 194 mil votos computados. Em vias de compara��o, ap�s duas horas e meia de apura��o, 94 mil votos significariam um percentual de apenas 0,0001% do total de votos v�lidos.

Quantidade de votos apurados por minuto n�o � uniforme

O fato da porcentagem de A�cio cair ap�s atingir 67% n�o significa necessariamente que ele obteve menos votos ou que teria ficado atr�s de Dilma nas parciais seguintes e na regi�o Sul e Sudeste, mas apenas que a diferen�a proporcional entre o candidato e sua advers�ria n�o se manteve nas parciais seguintes. O tucano n�o conseguiu fechar com esse percentual de votos em nenhuma das regi�es brasileiras.

A reportagem da Ag�ncia P�blica mostra que A�cio esteve � frente da petista em todas as parciais at� �s 18h25.

A pe�a desinformativa ainda faz um falso alarde ao questionar porque os votos de A�cio n�o ca�ram acentuadamente ap�s a virada de Dilma. Um dos equ�vocos da interpreta��o do entrevistado an�nimo � ignorar que a quantidade de votos apurados n�o � distribu�da uniformemente minuto a minuto na elei��o.

A virada aconteceu �s 19h32, quando as curvas do gr�fico se cruzam. Naquele momento, 94 milh�es do total de 105,5 milh�es dos votos v�lidos j� estavam apurados, segundo os dados do TSE. Logo, apenas cerca de 10% do total de votos v�lidos foi computado no per�odo de seis horas ap�s a virada de Dilma.

Ou seja, ainda que Dilma tenha registrado vantagem em parciais nas horas seguintes, esses votos tiveram um impacto proporcional j� reduzido, porque representavam uma pequena parcela dos votos totais da elei��o. Al�m disso, Dilma venceu por uma diferen�a de 12 milh�es de votos no Nordeste. Isso significa que os votos da regi�o j� eram contabilizados antes da virada acontecer.

Para o TSE, o v�deo n�o faz nada mais do que uma constata��o �bvia do resultado observado.

"Os primeiros dados da apura��o s�o recebidos da regi�o Sudeste, e os �ltimos da regi�o Norte e Nordeste, sendo esperado que a referida candidata possua realmente a vantagem nas regi�es em que recebeu mais votos. Consequentemente, ao analisar a linha temporal das parciais nessas regi�es onde teve mais votos, � esperado que as varia��es percentuais sejam mais favor�veis para aquela candidata.", afirmou o tribunal em nota.

Padr�o fabricado

O v�deo enganoso ainda faz uma an�lise com metodologia confusa para tra�ar o padr�o apresentado como prova de que um algoritmo teria manipulado os resultados do pleito. Como apontado nesta checagem da Ag�ncia P�blica, publicada em 2018, a an�lise n�o reflete a quantidade de votos recebidos pelos candidatos em cada parcial.

O c�lculo consiste na subtra��o do total de votos do candidato no minuto analisado pela "varia��o do incremento" do minuto anterior. Por exemplo, a varia��o de Dilma no minuto 17:09 � o resultado dos 270.466 votos totais da candidata, menos a "varia��o de incremento" do minuto anterior, de 111.843. Essa conta fecha em 158.623. N�o est� claro, por�m, a metodologia utilizada para calcular essa varia��o.

A partir disso, o entrevistado an�nimo marca qual dos dois candidatos apresentou uma maior diferen�a em rela��o � "varia��o de incremento" anterior. Ele n�o deixa claro porque adotou essa metodologia, mas o fato � que o c�lculo n�o prova fraude. A quantidade de votos totais recebidos pelos candidatos minuto a minuto mostra um padr�o bem diferente, conforme mostra a reportagem da P�blica.

No v�deo, o homem compara a chance de encontrar um padr�o como o que obteve a partir desta metodologia com um "cara ou coroa": "se voc� jogar uma moeda e der cara, e na vez seguinte der coroa; e na vez seguinte der cara; e na outra coroa... 241 vezes. � a mesma probabilidade". A mesma compara��o foi usada pelo presidente Bolsonaro no dia 9 de julho, em conversa com apoiadores, e n�o faz sentido.

De acordo com o TSE, "a altern�ncia das vantagens tamb�m n�o constitui ind�cio da inexist�ncia de tend�ncias no desempenho dos candidatos". Isso ocorre porque a an�lise apresentada no v�deo n�o considera a magnitude das varia��es, mas somente as frequ�ncias em que elas ocorreram.

O Comprova procurou o professor do Departamento de Ci�ncia da Computa��o da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, Diego Aranha, que coordenou o projeto Voc� Fiscal em 2014. Esses dados foram usados na auditoria realizada pelo PSDB em 2014 e 2015. � nossa reportagem, o professor disse que essa auditoria n�o encontrou problemas nas etapas posteriores ao momento da vota��o.

"A cr�tica t�cnica sobre a transpar�ncia do sistema brasileiro de vota��o � centrada no software de vota��o, e n�o no que acontece depois: transmiss�o e totaliza��o", afirma. O professor disse ainda que "o v�deo n�o faz qualquer sentido" e nos referiu a checagem feita pela Ag�ncia P�blica.

Em nota enviada ao UOL ap�s declara��es do presidente Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro, A�cio Neves disse n�o acreditar que tenha ocorrido fraude nas elei��es de 2014. O ex-senador Aloysio Nunes (PSDB), que concorreu � vice-presid�ncia na chapa de A�cio, afirmou � Folha de S. Paulo que a "elei��o foi limpa" e reconheceu ter perdido a disputa "porque faltou voto"

Lei de Benford

Outro argumento falho remete � Lei de Benford. Em 2018, o Comprova j� desmentiu um v�deo que aplicava a lei matem�tica para estabelecer uma prova de que as elei��es de 2014 foram fraudadas. Por�m, o m�todo, por si s�, n�o � capaz de provar irregularidades, como explicaram especialistas na reportagem.

A Lei de Benford sugere que em n�meros naturais, gerados sem interfer�ncia humana, a probabilidade de ocorr�ncia de d�gitos menores (1, 2, 3) � maior do que a de d�gitos maiores (7, 8, 9). O m�todo � muito utilizado em auditorias cont�beis e fiscais para identificar poss�veis manipula��es, por�m sua aplica��o no contexto eleitoral ainda � controversa no universo acad�mico.

Al�m disso, especialistas defendem que o modelo pode ser um sinalizador de poss�veis irregularidades, e n�o uma prova concreta. J� um estudo do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) aplicou a lei matem�tica nos resultados de elei��es anteriores, segmentando a vota��o por munic�pio. Segundo os autores, a an�lise por cidades seria mais adequada. Os resultados indicaram que n�o houve fraudes em nenhum dos pleitos.

TSE defende processo de totaliza��o dos votos

O homem entrevistado no v�deo repete, por diversas vezes, que as urnas eletr�nicas n�o s�o audit�veis. Como j� mostraram verifica��es anteriores do Comprova e de outros ve�culos, o TSE defende que as urnas podem ser auditadas antes, durante e depois da elei��o.

Perguntado sobre qual parte do processo de vota��o poderia estar comprometida, o homem diz que o problema pode estar no "m�dulo de criptografia" das urnas, que poderia, por exemplo, imprimir boletins de urna com resultados diferentes dos realmente digitados no equipamento. Por�m, n�o h� evid�ncias de que algo similar j� tenha ocorrido.

Em nota, divulgada na semana passada, o TSE defendeu a seguran�a do processo de totaliza��o dos votos das urnas eletr�nicas. O comunicado diz que ap�s o encerramento da vota��o, o total de votos registrados em cada aparelho � gravado em uma m�dia digital. O resultado � transmitido ao TSE por meio de uma rede exclusiva da Justi�a Eleitoral, o que impediria, segundo o tribunal, qualquer tentativa de intercepta��o por hackers.

Os dados chegam criptografados ao TSE, onde s�o checados e somados por um programa. Isso significa que as informa��es s�o protegidas por um c�digo que pode ser decifrado apenas por uma "chave" em posse do tribunal. A institui��o ainda refor�ou que os equipamentos s�o audit�veis.

"Antes da elei��o, os c�digos-fonte usados na urna eletr�nica podem ser conferidos no TSE. Durante todo o processo eleitoral, � permitido checar e auditar todos os softwares que realizam a totaliza��o dos votos. Por fim, depois da vota��o, tudo fica registrado no Boletim de Urna (BU), um relat�rio detalhado, que cont�m, entre outras informa��es, o total de votos por partido e por candidato, bem como a totalidade de eleitores aptos a votar na se��o e a quantidade de votos nulos e brancos.", diz a nota.

H� um debate t�cnico em torno da efetividade desses processos. Uma auditoria independente promovida pelo PSDB entre 2014 e 2015 concluiu que n�o foi poss�vel identificar fraudes na vota��o de 2014. Os autores ressaltaram, por�m, que mesmo com os recursos do TSE, o sistema n�o permitia uma auditoria externa independente e efetiva. O tribunal contesta.

Quanto � possibilidade levantada de fraude nos boletins de urna, � preciso considerar o processo de Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletr�nicas. No dia das elei��es, todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) fazem um processo de vota��o paralelo ao oficial, usando equipamentos sorteados entre os que ser�o efetivamente usados nas se��es eleitorais.

Para mostrar que as urnas est�o funcionando e apurando os votos corretamente, pessoas registram os votos em uma planilha e digitam o mesmo n�mero na urna. Todo o processo, incluindo a cabine de vota��o, � filmado, para garantir que os representantes digitaram os n�meros certos, e acompanhado por empresas terceirizadas. Ao final, faz-se uma compara��o entre o boletim da urna e a planilha do TRE.

Quem s�o as pessoas que aparecem no v�deo

O v�deo verificado nesta checagem foi feito por Naomi Yamaguchi, irm� da m�dica Nise Yamaguchi, que � conhecida aliada do presidente Jair Bolsonaro e defensora de tratamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19.

Naomi tem atua��o pol�tica desde 2016, quando se candidatou a vereadora em S�o Paulo pelo Partido Novo. Nas elei��es seguintes, em 2018, se candidatou a deputada federal no estado pelo PSL, e est� na lista de suplentes.

Apesar da legenda do v�deo no YouTube a identificar como jornalista, Naomi se apresenta como "consultora intercultural" de uma empresa da �rea de Recursos Humanos em sua p�gina na plataforma LinkedIn.

Ela mant�m, at� hoje, uma p�gina no Facebook com o mesmo nome que aparece no in�cio do v�deo: "Naomi Yamaguchi pensa". Ela tem mais de 24 mil curtidas e mais de 48 mil seguidores e j� publicou outros v�deos defendendo voto impresso e falando em fraude nas elei��es e sobre o uso de tratamentos ineficazes contra a covid-19. Em abril, outro v�deo dela, sobre o uso da cloroquina em pacientes com coronav�rus, foi marcado como falso em uma checagem da Ag�ncia Lupa.

Um dos homens que aparece no v�deo � identificado apenas como Alexandre Chut. A �nica pessoa que o Comprova localizou com este nome nas ferramentas de busca foi um psic�logo e astr�logo de S�o Paulo. Enviamos um e-mail para o contato que aparece nas redes sociais desta pessoa, para confirmar se ela realmente � quem aparece no v�deo e pedir detalhes sobre a metodologia da an�lise realizada, mas n�o tivemos retorno. N�o localizamos qualquer liga��o entre esta pessoa e o PSDB ou a avalia��o de resultados eleitorais.

Por que investigamos?

Em sua quarta fase, o Comprova verifica conte�dos relacionados � pandemia da COVID-19 ou a pol�ticas p�blicas do governo federal que tenham viralizado na internet.

Bolsonaro tem afirmado, sem provas, desde o come�o do ano passado, que houve fraude nas elei��es de 2018. Ele tamb�m critica de forma recorrente o sistema eleitoral e as urnas eletr�nicas e j� fez insinua��es sobre a lisura do processo para 2022.

Conte�dos como o v�deo de Nise Yamaguchi, que j� foi visto mais de 151 mil vezes no Facebook e 1,5 mil vezes no YouTube, refor�am a falsa impress�o de que o processo eleitoral brasileiro n�o � seguro e colocam em xeque a pr�pria democracia.

O mesmo material tamb�m foi checado pela Ag�ncia Lupa, que concluiu serem falsos os dados usados na an�lise. O Comprova j� verificou outros conte�dos relacionados �s elei��es e mostrou que as urnas eletr�nicas brasileiras n�o foram hackeadas nos Estados Unidos, que o sistema de vota��o eletr�nico pode ser auditado e que o resultado de uma enquete sobre o voto impresso n�o reflete a opini�o da popula��o.

Falso, para o Comprova, � o conte�do inventado e divulgado de modo deliberado para espalhar uma mentira.


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