Em depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid, o representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, afirmou ter sido procurado pelo ex-diretor de log�stica do Minist�rio da Sa�de Roberto Ferreira Dias, para dar seguimento �s tratativas envolvendo a venda de vacinas ao minist�rio da Sa�de, mas negou ter recebido qualquer pedido de propina. Segundo o depoente, lhe foi apresentado apenas um comissionamento que chegou a ele atrav�s do grupo do coronel Marcelo Blanco, que esteve presente em jantar, em um restaurante em Bras�lia, onde teria ocorrido pedido de propina por doses da AstraZeneca.
Segundo Carvalho, relatando sobre o encontro do policial militar Luiz Paulo Dominghetti e de Blanco com o ex-diretor de log�stica do Minist�rio da Sa�de, em jantar no restaurante Vasto no dia 25 de fevereiro, onde o pedido de propina teria acontecido, seus pares apenas lhe informam que o encontro tinha sido "muito bom".
"A informa��o que veio a mim foi que, vale ressaltar isso, n�o foi o nome propina, ele usou comissionamento", declarou. Carvalho destacou que foi procurado por Roberto Dias em 03 de fevereiro, e apresentou prints da conversa. O depoente se disse "incr�dulo" com que um funcion�rio do minist�rio da Sa�de estivesse lhe procurando, afirmando que o contrato, "n�o fazia muito sentido". Ele leu diversas mensagens de Dias lhe pedindo contato. Carvalho afirmou que dada a insist�ncia, ele viu os contatos como uma oportunidade.
Carvalho declarou que suas conversas com Dias foram apenas profissionais, sem men��o a nenhum pedido de propina para finalizar seu contato, e que Dias lhe procurava apenas para questionar temas relacionados � chegada de vacinas no Brasil.
O l�der do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), minimizou as conversas mostradas por Cristiano Carvalho com o ex-diretor do Minist�rio da Sa�de. "A gente constata a falta de credenciamento, de capacidade t�cnica, de habilidade t�cnica para que essa empresa pudessem tratar com o governo brasileiro sobre a compra de vacinas. Estou realmente constrangido com os di�logos que est�o sendo aqui mostrados", declarou. Bezerra refor�ou que n�o foram gastos recursos e o relator da comiss�o, senador Renan Calheiros (MDB-AL) rebateu dizendo que o crime � caracterizado mesmo sem dinheiro pago."
A Davati atuou como intermedi�ria na venda de 400 milh�es de doses da vacina Astrazeneca ao governo brasileiro. Neg�cio que est� sendo investigado ap�s den�ncia de um suposto esquema de propina.
De acordo com o Dominghetti, que seria um representante aut�nomo da Davati, o ex-diretor de Log�stica do Minist�rio da Sa�de, Roberto Dias, teria condicionado fazer neg�cio com a empresa em troca de propinas no valor de U$ 1 por dose de vacina.
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