Em depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid, o representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, ao comentar a participa��o da Secretaria Nacional de Assuntos Humanit�rios (Senah) na venda de vacinas ao Minist�rio da Sa�de, afirmou que a idoneidade da empresa nunca foi posta a prova, tendo inclusive recebendo carta de apoio de parlamentares a favor da institui��o.
Carvalho afirmou n�o lembrar o nome dos deputados que assinaram o documento, mas se disponibilizou a envi�-lo � CPI. Questionado sobre Ricardo Barros (PP-PR), o depoente afirmou n�o conhecer o parlamentar, tendo ouvido falar dele somente ap�s seu nome ser mencionado no colegiado. A Senah � uma organiza��o n�o governamental que foi fundada pelo reverendo Amilton Gomes da Paula, que negociou a venda de vacinas ao Minist�rio da Sa�de em nome da Astrazeneca.
Sobre as tratativas de venda da vacina, Carvalho afirmou que inicialmente n�o acreditava na veracidade da inten��o do governo de fechar um acordo, e indicou apenas uma pessoa nos Estados Unidos para tratar sobre o tema com o reverendo Amilton, e Luiz Paulo Dominghetti. Neste ponto, Carvalho acredita que o ex-diretor de Log�stica do Minist�rio da Sa�de, Roberto Dias, tenha come�ado a pressionar Dominghetti.
Como resultado dessa press�o, Carvalho relatou que contactou o coronel Guerra, assessor do adido militar da embaixada do Brasil em Washington, que o levou a procurar o presidente da Davati, Herman C�rdema. Apesar do relato, Carvalho negou saber de nenhuma atitude que desabonasse Dias.
A Davati atuou como intermedi�ria na venda de 400 milh�es de doses da vacina Astrazeneca ao governo brasileiro. Neg�cio que est� sendo investigado ap�s den�ncia de um suposto esquema de propina. Durante seu depoimento, Carvalho refor�ou que para ele, lhe foi dito que o valor recebido sera um comissionamento, e que a vers�o de que o valor era um propina for levantada pelo policial militar.
De acordo Dominghetti, que seria um representante aut�nomo da Davati, o ex-diretor de Log�stica do Minist�rio da Sa�de, Roberto Dias, teria condicionado fazer neg�cio com a empresa em troca de propinas no valor de U$ 1 por dose de vacina.
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