
A justificativa oficial foi um pedido do relator, Filipe Barros (PSL-PR), que cobrou mais tempo para fazer altera��es em seu parecer. Ainda n�o h� previs�o para a retomada da sess�o.
A oposi��o, no entanto, promete reagir. "Foi uma aberra��o, uma absoluta desonestidade", disse o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). "A comiss�o foi v�tima de um bando.", emendou o petista, que chamou Martins de "picareta".
A deputada Fernanda Melchiona (PSOL-RS) disse que a sess�o foi interrompida de forma ilegal e sem nenhum amparo. "Deu um golpe. Vamos ficar aqui na comiss�o tentando organizar um requerimento de autoconvoca��o daqui uma hora meia ou duas horas", disse, ao jornal "O Estado de S. Paulo".
A reuni�o desta sexta-feira, 16, a um dia do recesso parlamentar, foi articulada por um conjunto de 18 deputados titulares e um suplente do colegiado, todos resistentes � ideia de mudar o atual sistema da urna eletr�nica. O autor do requerimento foi o deputado Hildo Rocha (MDB-MA).
De autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a PEC do voto impresso � uma das principais bandeiras pol�ticas do presidente Jair Bolsonaro, que j� deu declara��es consideradas golpistas ao dizer que "ou fazemos elei��es limpas ou n�o temos elei��es".
Ap�s o "O Estado de S. Paulo" revelar que havia maioria da comiss�o para aprovar o retorno do voto impresso, 11 partidos se articularam para derrubar o texto, com apoio de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que s�o contra a mudan�a. Com a substitui��o de v�rios membros, a comiss�o mudou de lado. O deputado A�cio Neves (PSDB-MG), por exemplo, foi substitu�do pelo ex-presidente da C�mara Rodrigo Maia (sem-partido-RJ).
Na sess�o de hoje, at� o l�der do governo, Ricardo Barros (PP-PR), entrou para orientar a base a votar a favor da retirada de pauta do tema, uma estrat�gia para evitar a derrota. O requerimento, por�m, foi derrotado. Assim, foi preciso adotar outra manobra. Barros disse que queria fazer ajustes no texto, e Martins acatou o pedido.