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Estado de Minas PROPINA

Omar Aziz: 'Roberto Dias era o grande operador dentro do minist�rio'

CPI apura suspeitas de desvios de recursos envolvendo com pagamentos mensais a parlamentares e servidores do Minist�rio da Sa�de


19/07/2021 21:52

Presidente da CPI da COVID, Omar Aziz (PSD-AM)(foto: Agência Senado)
Presidente da CPI da COVID, Omar Aziz (PSD-AM) (foto: Ag�ncia Senado)
O presidente da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID, Omar Aziz (PSD-AM), disse, nesta segunda-feira (19/7), que o ex-diretor do Departamento de Log�stica do Minist�rio da Sa�de Roberto Dias era o grande operador, dentro da pasta, de um poss�vel esquema de propina pago mensalmente a servidores e que envolveria tamb�m parlamentares.

 

“Tenho certeza de que o Roberto Dias era o grande operador dentro do Minist�rio da Sa�de, n�o s� naquela famosa reuni�o na mesa de bar no shopping, como tamb�m em outros contratos que o Minist�rio da Sa�de assinou nos �ltimos dois anos”, afirmou em entrevista ao UOL. Aziz se refere ao encontro relatado pelo cabo da Pol�cia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti, apontado como vendedor aut�nomo de vacinas contra covid-19 da empresa Davati Medical Supply. O caso veio � tona depois que Dominghetti disse ter recebido um pedido de propina de US$1 a dose de Dias quando tentou vender 400 milh�es de doses ao governo.

 

A CPI suspeita de que havia, dentro do minist�rio, um poss�vel esquema que envolvia pagamento mensal a parlamentares e servidores da pasta. Reportagem sobre o assunto foi publicada nesta segunda-feira no site do UOL. As suspeitas v�m sendo comentadas pelos senadores, nos bastidores, nos �ltimos dias, e envolveria recursos de contratos da empresa de log�stica VTCLOG.

 

Empresa de log�stica

Integrante da CPI, Humberto Costa (PT-PE) disse ao Correio que h� uma forte suspeita de que haveria um grupo de parlamentares se beneficiando de recursos gerados em contratos da VTCLOG. Na �ltima sexta-feira, o Correio publicou reportagem mostrando que a CPI pretende mirar na empresa com a retomada dos trabalhos, no dia 3 de agosto.

 

A VTCLOG tem contrato com o Minist�rio da Sa�de pelo menos desde 2009, segundo informa��es do Portal da Transpar�ncia do governo federal, com contratos firmados recentemente, e ao menos dois vigentes. A CEO da empresa, Andreia Lima, j� foi convocada e deve ser ouvida no pr�ximo semestre. 

 

Aziz pontuou que, por muito tempo, Dias ficou no comando de todas as licita��es. Foi retirado durante a pandemia apenas no �mbito das vacinas contra covid-19 — nesse quesito, as negocia��es foram centralizadas na Secretaria-Executiva, chefiada pelo coronel Elcio Franco. A CPI suspeita de que havia disputa entre dois grupos no minist�rio pelas negocia��es dos imunizantes.

 

“Ele controlava todo o minist�rio, desde 2018 ele est� ali atuando. H� fortes ind�cios, segundo est� sendo apurado, de que haja esse tipo de comportamento (pagamentos mensais). Agora, vamos continuar investigando para que a gente possa em cima dos fatos chegar aos nomes, sem ter irresponsabilidade de acusar A ou B. Mas h� um forte ind�cio, sim, at� porque o contrato, houve um aumento de 1800% do contrato”, afirmou.

 

Contratos federais

O site da transpar�ncia do governo aponta que a empresa firmou ao menos 16 contratos com o minist�rio. Sete foram assinados no per�odo em que o l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (PP-PR), tamb�m alvo da CPI, era ministro da Sa�de.

 

“A VTCLOG n�o est� somente no Minist�rio da Sa�de; ela est� em outros �rg�os que n�s estamos investigando tamb�m. Temos ind�cios tamb�m que foi colocado tamb�m em outros �rg�os atrav�s de indica��o. Apesar da CPI ser da covid, � necess�rio saber que h� uma rede em que a VTCLOG est� dentro, atuando tamb�m em outros �rg�os do governo federal", afirmou. Transpar�ncia mostra que a empresa tem contrato vigente, assinado no ano passado, tamb�m no Minist�rio da Defesa.

 

Aziz ressaltou que Roberto Dias foi mantido no cargo no minist�rio. Como j� publicado, houve tentativa de demiss�o do homem em outubro do ano passado, mas a exonera��o foi revertida ap�s interven��o que teria partido do DEM. “Ele foi nomeado pelo Mandetta (ex-ministro Luiz Henrique Mandetta) e depois se manteve no cargo, n�o saiu. Houve mudan�as em v�rios cargos. Ele foi sair depois que a CPI o denunciou. At� ent�o ele era intoc�vel”, afirmou.

 

Em nota, a VTCLOG disse que "repudia, com veem�ncia, todos os fatos imputados a ela que tenham o cond�o de macular a sua imagem e reputa��o". "Essas acusa��es s�o irrespons�veis e, quanto a todas elas, a empresa adotar� todas as medidas judiciais cab�veis", pontuou a empresa, em nota.

 


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