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Estado de Minas VOTO IMPRESSO

Braga Netto pode ser convocado � C�mara para explicar declara��es

Parlamentares e partidos tamb�m querem acionar o Supremo contra as declara��es do general do Ex�rcito e ministro da Defesa contra a democracia


22/07/2021 15:03 - atualizado 22/07/2021 16:18

Ministro Braga Netto (D) teria afirmado que, sem o voto impresso, não haveria eleições no próximo ano(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Ministro Braga Netto (D) teria afirmado que, sem o voto impresso, n�o haveria elei��es no pr�ximo ano (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag�ncia Brasil)

Deputados se manifestaram contra as amea�as � democracia feitas pelo o ministro da Defesa, o general do Ex�rcito Walter Braga Netto. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o militar fez uma advert�ncia intimidat�ria ao presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), por meio de um interlocutor, em particular, e afirmou que, sem o voto impresso, n�o haveria elei��es no pr�ximo ano.

H� grande possibilidade de que Braga Netto seja convocado � C�mara para se explicar. A declara��o est� fora do que define a Constitui��o Federal sobre o papel das For�as Armadas, e a proposta de emenda � Constitui��o que debate a mudan�a no sistema eleitoral brasileiro s� n�o perdeu no voto gra�as a uma manobra de governistas.

O ex-presidente da C�mara, Rodrigo Maia (sem partido) cobrou que o alto comando das For�as Armadas venha a p�blico desfazer a crise que provocou, e que acabou vazada em mat�ria do jornal. O pai de Maia, o pol�tico Cesar Maia, est� entre os brasileiros que tiveram que fugir do pa�s durante a ditadura militar.

"O Brasil espera uma manifesta��o do ministro da Defesa e dos comandantes das For�as Armadas sobre a grave reportagem de hoje. Nasci no Chile porque meu pai foi perseguido pela ditadura. Acompanhamos de perto o desenrolar do golpe do Pinochet, em 73. A hist�ria � implac�vel", afirmou o deputado.

Maia publicou as declara��es em suas redes sociais. E fez, ainda, uma segunda postagem. "E ela (a hist�ria) insiste em se repetir. L� (no Chile), um dos epicentros da crise que levou ao golpe foi a mudan�a no comando do Ex�rcito. Por aqui, o presidente tirou um general legalista, Fernando Azevedo, e o substituiu por um general personalista, que faz tudo o que ele deseja", criticou.

Por meio de nota, o l�der da oposi��o, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), classificou a den�ncia das amea�as como "graves".

"� extremamente grave a den�ncia de que o Ministro da Defesa teria amea�ado o Congresso Nacional. N�o cabe ao Ministro da Defesa querer impor ao Parlamento o que deve aprovar, nem estabelecer condi��es para que as elei��es aconte�am. O papel constitucional das For�as Armadas � garantir os poderes constitucionais, e n�o subordin�-los. Vou propor que a C�mara convoque o Ministro em Comiss�o-Geral para esclarecer os fatos", afirmou.

Al�m da convoca��o � C�mara, os partidos de esquerda tamb�m est�o preparando uma interpela��o judicial junto ao Supremo Tribunal Federal, para que o general, que, na manh� desta quinta-feira (22/7), disse n�o ter feito a amea�a, reafirme a negativa em ju�zo, sob a pena de perj�rio caso fique comprovado o ataque frontal � democracia por parte do ministro da Defesa do Brasil.

A l�der do PSol na C�mara, deputada Taliria Petroni (RJ), disse ao Correio que considerou a amea�a "inadmiss�vel".

"� inadmiss�vel a tentativa das For�as Armadas de incidirem no que ser� a derrota eleitoral de Bolsonaro em 2022. O povo brasileiro j� tem demonstrado insatisfa��o profunda com o governo. E as urnas demonstrar�o essa derrota. N�o queremos um novo ciclo, n�o queremos rememorar 1964, e tem que haver um posicionamento contundente dos que defendem a democracia", afirmou.

A deputada tamb�m destacou a possibilidade de convoca��o do ministro � C�mara. "Existe uma dimens�o pol�tica que � partidos do centro, de setores de uma direita de campo democr�tico, partidos de oposi��o, de esquerda, t�m que fazer um posicionamento. Convocar na C�mara o ministro da Defesa. Essa � uma movimenta��o poss�vel. Um passo pol�tico para al�m da judicializa��o", afirmou.

"� um an�ncio direto de golpe que, por um lado, tenta j� anunciar que n�o aceitar�o a derrota de Bolsonaro em 2022, e para outro, que n�o se escancare os crimes de corrup��o possivelmente cometidos por integrantes e militares (na CPI da Covid)", completou.


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