O vice-presidente Hamilton Mour�o garantiu que haver� elei��es em 2022, mesmo sem a implementa��o do voto impresso, apesar de o presidente Jair Bolsonaro j� ter colocado a realiza��o do pleito em d�vida diversas vezes durante sua defesa da altera��o no sistema eleitoral. "N�s n�o estamos mais no s�culo 20. � l�gico que vai ter elei��o. Quem � que vai proibir elei��o no Brasil? N�s n�o somos rep�blica de banana", disse em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 22.
Apesar de adotar tom enf�tico em defesa da normalidade institucional, declarou-se favor�vel ao voto impresso e sugeriu que a urna eletr�nica utilizada no Brasil � tecnologicamente defasada e precisa ser "evolu�da".
"O voto impresso, o governo defende esse debate. Eu tamb�m sou francamente a favor. N�s usamos uma urna de primeira gera��o. A Argentina, por exemplo, est� em uma urna de terceira gera��o. Tudo aquilo que melhorar a capacidade de a gente ter certeza do processo eleitoral n�o � problema nenhum", disse.
Mour�o defendeu novamente o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, das acusa��es de amea�a �s elei��es de 2022, �s quais se referiu como "fogo de palha". Conforme revelou o Estad�o, o chefe da pasta enviou ao presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), mensagem de amea�a � realiza��o do pleito, por meio de emiss�rio pol�tico. Em nota, o militar negou que se comunique por meio de terceiros, mas n�o que tenha condicionado as elei��es de 2022 � implementa��o do voto impresso, como informou a reportagem.
"Eu conhe�o Braga Netto h� muito tempo e sei que ele n�o manda recado. Pelo que eu entendo do presidente Arthur Lira, se algo chegasse a ele dessa forma, ele reagiria de imediato e colocaria esse assunto de forma p�blica, e n�o de forma sub-rept�cia", argumentou.
Mour�o disse que as For�as Armadas baseiam sua atua��o em trip� composto por legalidade, legitimidade e estabilidade para sustentar vers�o segundo a qual Braga Netto n�o amea�aria as elei��es por ser um general do Ex�rcito. "As For�as Armadas existem para que a gente tenha um ambiente est�vel e seguro, atuam dentro do arcabou�o da institucionalidade."
Questionado sobre o conte�do vago da nota divulgada pela Defesa, Mour�o disse que o ministro, em conversa particular, foi claro ao dizer que n�o fez amea�as. Segundo o vice, o tom "elegante" de Braga Netto deu margem � interpreta��o de que o texto do documento n�o negava as amea�as.
"Tudo � uma quest�o de interpreta��o. Toda vez que a gente escreve, quando voc� olha pela sua �ptica voc� diz: n�o, eu respondi tudo aqui e de repente a pessoa interpreta de outra forma. Isso � o que a gente aprende desde que a gente entra na escola. Voc� vai fazer uma prova e o professor avisa que a interpreta��o faz parte da prova", disse.
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