O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta sexta-feira (23), que a oferta superfaturada de doses da Coronavac faz parte de "estrat�gia" dos intermedi�rios com os quais o ex-ministro Eduardo Pazuello se reuniu. Negou novamente que o ent�o chefe da pasta tenha se envolvido nas negocia��es de aquisi��o do imunizante, apesar de v�deo vazado mostr�-lo no encontro com os empres�rios, realizado no dia 11 de mar�o.
"A reuni�o n�o foi com ele, foi com o secret�rio dele. Ele foi l� e cumprimentou o pessoal. E n�o foi aceita aquela proposta. Agora, o que eu vi que estava discutindo � o seguinte: eles ofereceram uma vacina com o pre�o l� em cima, com metade do pagamento adiantado. � estrat�gia, p� sic. Com toda a certeza a segunda reuni�o, caso tivesse, 'a gente diminui o pre�o da vacina, e voc� d� metade da adiantado'", disse a apoiadores na sa�da do pal�cio da Alvorada.
Bolsonaro n�o explicou o motivo pelo qual buscou tratativas com terceiros, em vez de recorrer ao Butantan. Na ocasi�o, as vacinas foram oferecidas ao custo de US$ 28 por dose, valor quase tr�s vezes maior do que os US$ 10 previstos no contrato entre o governo federal e o Instituto Butantan, respons�vel pelo desenvolvimento do produto em parceria com a empresa chinesa Sinovac.
O v�deo da reuni�o veio a p�blico ap�s Pazuello garantir, em depoimento � CPI da Covid, que n�o participou das tratativas de compra de vacinas por quest�es �ticas. Segundo ele, haveria conflito de interesses o chefe da Sa�de negociar diretamente com empres�rios interessados na venda.
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