O deputado Luis Miranda (DEM-DF) prestou depoimento � Pol�cia Federal nesta ter�a-feira, 27, por cerca de quatro horas, no inqu�rito que apura se houve prevarica��o do presidente Jair Bolsonaro por n�o ter comunicado a �rg�os de investiga��o ind�cios de corrup��o nas negocia��es para compra da vacina indiana Covaxin pelo Minist�rio da Sa�de.
O parlamentar foi ouvido na condi��o de testemunha. Ao deixar a sede da PF, ele disse ter refor�ado que irm�o dele, o servidor p�blico Luis Ricardo Miranda, foi pressionado a agilizar a importa��o do imunizante mesmo com inconsist�ncias no processo.
Luis Miranda apresentou as mensagens que trocou com o irm�o sobre o caso. Segundo ele, ambos entraram no assunto de forma "org�nica", com naturalidade, e que avaliaram que os ind�cios deveriam ser comunicados ao presidente, para provid�ncias.
Em 20 de mar�o os dois se reuniram com Jair Bolsonaro. O encontro, segundo eles, serviu para que as suspeitas fossem apresentadas. Na ocasi�o, o presidente teria prometido acionar a Pol�cia Federal.
"Fiz uma recria��o do momento com informa��es importantes, com toda uma 'timeline', com um hist�rico dos acontecimentos", destacou.
Sem dar detalhes, o deputado disse, ainda, que, na �poca, Luis Ricardo chegou a relatar as constata��es a um delegado da PF. Para Miranda, esse policial poder� ser testemunha dos relatos de press�es at�picas por parte de superiores do minist�rio.
"Tem um delegado da superintend�ncia da PF que tem conhecimento do caso, que orientou o meu irm�o. E, nesse momento, meu irm�o falou que n�o queria dar um depoimento oficial tendo em vista da exposi��o que seria, n�?! E exatamente por ter dado o depoimento ele foi exposto", disse.
Os irm�os afirmaram � CPI da Covid que integrantes do minist�rio da Sa�de, incluindo o ex-secret�rio-executivo, coronel Elcio Franco, militares ligados a ele e o ex-diretor de log�stica da pasta, Roberto Dias, exerceram a press�o.
O contrato para a aquisi��o da Covaxin, do laborat�rio Bharat Biotech, foi intermediado pela Precisa Medicamentos. A empresa � alvo da CPI, que descobriu uma s�rie de movimenta��es suspeitas por parte dela e por parte do dono, o empres�rio Francisco Maximiano.
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