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Estado de Minas ENTREVISTA

Aziz quer fazer acarea��es na CPI: 'A mais urgente � a da Precisa'

Presidente da CPI da COVID no Senado ressalta que o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello tamb�m deve passar por acarea��o


29/07/2021 14:51 - atualizado 29/07/2021 16:43

Senador Omar Aziz (PSD-AM) durante CPI da COVID(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Senador Omar Aziz (PSD-AM) durante CPI da COVID (foto: Jefferson Rudy/Ag�ncia Senado)
O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID no Senado, defende a realiza��o de acarea��es entre pessoas citadas nas investiga��es. “Temos duas ou tr�s acarea��es a serem feitas ali, eu defendo isso. Mas n�o vou impor, n�s vamos conversar sobre isso da import�ncia dessas acarea��es", afirmou, em entrevista ao Estado de Minas nesta quinta-feira (29/07).

Os trabalhos da CPI da COVID, apesar de n�o terem sido interrompidos com o recesso parlamentar, ser�o oficialmente retomados nesta segunda-feira (2/8).

“Apesar do recesso, continuamos investigando uma s�rie de documentos que chegaram � CPI e a gente tem que analisar ponto a ponto, porque, �s vezes, uma informa��o escapa”, explicou o senador ap�s fechar uma agenda pr�via com outros integrantes da comiss�o.

Essa agenda prev� a retomada de depoimentos com personagens centrais nas negocia��es de compra de vacinas pelo governo brasileiro. Confira: 
  • 3 de agosto: reverendo Amilton Gomes de Paula, que teria sido autorizado pelo governo a negociar 400 milh�es de doses da Astrazeneca com a Davati;
  • 4 de agosto: Francisco Maximiano, s�cio da Precisa Medicamentos;
  • 5 de agosto: T�lio Silveira, advogado e representante da Precisa Medicamentos.
Os depoimentos devem manter o foco na atua��o da Precisa Medicamentos e da Davati Medical Supply, que atuariam como intermedi�rias para contratos da Covaxin e da Astrazeneca.

“Decidimos pelo pedido de bloqueio de bens da Precisa e da Global, que vende de parafusos a foguete e parece mais um shopping do que uma empresa que possa prestar um servi�o adequado. Ent�o, baseado em muitas coisas que investigamos, a CPI dever� voltar com isso na ter�a [3/8]”, informa Aziz.

“Em rela��o aos pr�ximos passos, � l�gico que isso � muito din�mico. Quando a gente come�ou a investigar, estava tateando quando veio aquela informa��o feita pelo Fabio Wajngarten sobre o documento que a Pfizer tinha mandado para o governo brasileiro e ningu�m respondeu", lembra Aziz.

"Ent�o, um ponto que n�s temos que investigar � o porqu� o Brasil n�o respondeu e n�o comprou as vacinas da Coronavac e da Pfizer e teve todo interesse de trabalhar em cima da vacina da �ndia", explica do senador.

Ele continua: "E, depois aquela brincadeira do sargento, de Minas Gerais (Luiz Paulo Dominguetti), que oferece 400 milh�es de doses e vai para um restaurante conversar com pessoas de dentro do governo federal. Ent�o � esse tratamento diferenciado por uma empresa s�ria que o governo n�o deu aten��o e d� aten��o para empresas que n�o t�m a menor credibilidade no mercado e n�o tinha uma vacina para entregar, nota-se e h� ind�cios s�rios de que havia realmente a vontade de tirar proveito na venda da vacina”.

O presidente da CPI ainda ressaltou a import�ncia de fazer uma acarea��o com alguns depoentes.

“Pazuello [ex-ministro da Sa�de] eu acho que tinha que fazer uma acarea��o com alguns outros membros. Sobre o Coronel �lcio [ex secret�rio-executivo da Sa�de que negociou com a Pfizer a aquisi��o de imunizantes], aquele John [empres�rio que aparece em v�deo negociando a venda da vacina Coronavac diretamente com o ent�o ministro], que ele disse no come�o da CPI que n�o participava de reuni�o de vacina, temos que fazer isso", aponta.

Al�m do coronel, Aziz destaca que esse confronto com a verdade deve focar tamb�m funcion�rios da empresa Precisa Medicamentos.

“Eu acho que n�s temos duas ou tr�s acarea��es a serem feitas ali, eu defendo isso. Mas n�o vou impor, n�s vamos conversar sobre isso da import�ncia dessas acarea��es. A partir desses documentos, que a  Barach BioTech diz que s�o falsos, � importante uma acarea��o junto com aquela Regina C�lia, que reduz de 4 milh�es para 3 milh�es de doses para fazer invoice. E outras acarea��es que estamos trabalhando para ver se d� certo. A mais urgente � a da Precisa, Emanuela, Luis Ricardo Miranda, aquele William e a Regina C�lia”, afirma.

Esses nomes aos quais o senador se refere est�o ligados aos contratos das vacinas. Regina C�lia, por exemplo, � fiscal de contratos no Minist�rio da Sa�de. Emanuela Medrades, diretora-t�cnica da Precisa Medicamentos. Enquanto Luis Ricardo Miranda, deputado federal, foi quem denunciou irregularidades na compra do imunizante indiano, a Covaxin. J� William Santana � subordinado ao chefe de importa��o do minist�rio, Luis Ricardo Miranda, irm�o do deputado.

Viagem

Um dos depoentes da pr�xima semana, o Francisco Maximiano, s�cio da Precisa Medicamentos, fez uma viagem � �ndia no domingo (25/7) e permanece por l�. Omar Aziz afirmou que a comiss�o vai apurar essa viagem.

“Eu tenho que saber qual � a justificativa, at� agora n�o fui comunicado. Tem que aguardar para saber quais provid�ncias vamos tomar na CPI, a quest�o da pris�o, n�o. Quero saber qual a data que ele viajou e qual a data que ele foi comunicado que teria esse depoimento. Se foi comunicado e viajou depois do comunicado, vamos ver qual � a infra��o que ele est� cometendo”, explica o senador.

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no entanto, compartilhou um v�deo nas redes sociais nessa quarta-feira (28/7), convocando Maximiano para retornar ao pa�s.

 “Eu quero recomendar ao senhor Francisco Maximiano: volte e compare�a � CPI de imediato no dia que seu depoimento est� marcado. Evadir-se do pa�s quando tem uma investiga��o em curso � crime e n�s n�o titubiaremos em pedir a sua pris�o preventiva”, comunicou o parlamentar.



A defesa de Francisco Maximiano, s�cio da Precisa Medicamentos, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quarta-feira (28/7) para pedir que o empres�rio seja autorizado a faltar ao depoimento na CPI da COVID.

Os advogados alegam que ele est� na �ndia para se reunir com a Bharat Biotech. E pedem que o empres�rio n�o seja alvo de condu��o coercitiva, ou seja, quando algu�m � levado por for�as policiais para prestar depoimento.


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