Um grupo de 11 partidos acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cobrar que o presidente Jair Bolsonaro seja obrigado a prestar esclarecimentos e apresentar provas sobre os ataques feitos �s urnas eletr�nicas. A peti��o � assinada por MDB, Solidariedade, PT, PDT, PSDB, PSOL, Rede, Cidadania, PV, PSTU e PCdoB.
O pedido de interpela��o do presidente foi encaminhado pelas legendas ao corregedor-geral eleitoral, ministro Lu�s Felipe Salom�o, respons�vel por acompanhar os servi�os da Justi�a Eleitoral no Pa�s, incluindo a realiza��o das elei��es. A maioria dos partidos que assina a peti��o � de oposi��o, mas o movimento tamb�m contou com legendas que t�m aliados de Bolsonaro no Congresso, como o MDB e o Solidariedade.
Na transmiss�o ao vivo pela internet em que prometia apresentar provas de fraude nas urnas eletr�nicas, na �ltima quinta-feira, 29, Bolsonaro n�o mostrou fatos novos, exibiu v�deos que circulam h� anos nas redes sociais e nada comprovam e exp�s an�lises enviesadas sobre apura��o dos votos. Al�m disso, admitiu n�o ter provas, mas, sim, "ind�cios" de irregularidades no sistema.
"Nesse contexto, n�o se pode ignorar as banalidades divulgadas pelo presidente Jair Bolsonaro na noite do dia 29.07.2021, quando afirmou 'n�o ter provas, mas ind�cios' e voltou a atacar as institui��es, ignorando a gravidade de suas levianas palavras que, longe de prestar qualquer contribui��o � seguran�a das elei��es, busca desmerecer os pilares democr�ticos e uma forma de elei��o cuja confiabilidade vem sendo observada por quase um s�culo, garantindo a altern�ncia democr�tica em estrito reflexo da vontade popular", diz o documento apresentado pelos partidos.
Bolsonaro j� foi questionado formalmente pelo TSE sobre as declara��es, mas n�o apresentou nenhuma prova de irregularidade. Em tom de amea�a, o presidente disse reiteradas vezes que n�o haver� elei��o no Brasil sem o voto impresso, amea�a recha�ada pelos demais Poderes. A proposta patrocinada por Bolsonaro � considerada "enterrada" no Congresso pela pr�pria base de apoio ao governo, incluindo o Centr�o. Neste s�bado, 31, em Presidente Prudente (SP), o chefe do Executivo voltou a atacar o sistema eleitoral e defendeu "elei��es limpas, da forma que o povo deseja".
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