O general Jo�o Camilo Pires de Campos diz ser contr�rio � participa��o de militares da ativa em fun��es de natureza civil no governo que n�o tenham rela��o com a profiss�o militar. Para ele, que foi para a reserva em maio de 2018, o militar da ativa n�o deve assumir cargos civis no Executivo. O chefe da Seguran�a P�blica paulista afirma que o programa respons�vel por colocar c�meras nos corpos dos policiais militares para gravar ininterruptamente o servi�o "n�o tem volta".
O sr. n�o enfrentou caso de motim ou indisciplina, como no Cear� ou Pernambuco?
Nem a mais p�lida situa��o dessa. N�o houve nenhuma situa��o. Onde h� profissionalismo, onde se faz as coisas com f�, isso n�o acontece. Percorro a �rea toda, percorro as delegacias, fui a todo interior e converso com todos eles.
Comparando o primeiro semestre de 2018 com o de 2021, S�o Paulo teve quedas de 4,8% dos homic�dios e de 20,5% de roubos. Cr�ticos dizem que o sr. contou com o �secret�rio v�rus�. O que vai para a conta da pol�cia e o que � efeito da pandemia?
O caso do �secret�rio v�rus� aconteceu no mundo inteiro, de mar�o de 2020 para c�. Mas n�s falamos em 2018, em 2019. O ano de 2020 � at�pico. Gosto de comparar o ano de 2021 com o de 2019. � not�vel ainda que, apesar de 2018 ser uma marca interessante, a redu��o da criminalidade em S�o Paulo come�ou l� em 1999.
O sr. tamb�m deu aval ao programa das body cameras da PM. O sr. enfrentou resist�ncias?
N�o chegou a mim nenhum dado de recusa ao uso da c�mera. Ela n�o � diferente de uma arma, com a qual devemos nos adaptar. A verdade � a seguinte: n�o h� retorno. N�o existe retorno para o uso de c�mera no sistema policial. Estamos com 3 mil c�meras e estamos comprando mais sete mil. Essa gest�o terminar� com 10 mil c�meras.
O sr. pensa em candidatura?
O futuro a Deus pertence. Mas hoje digo que n�o pretendo. Vou cumprir minha miss�o.
Discute-se a presen�a de colegas do sr. no governo federal em cargos de natureza civil. O sr. v� inconveniente nessa participa��o de militares da ativa?
Vou ser claro. H� fun��es fora da For�a que s�o t�picas de profissionais da ativa. Nessas, n�o vejo inconveni�ncia.
GSI, Defesa?
Sim. Nessas, n�o vejo inconveni�ncia. As outras, n�o concordo. Eu preferia que o companheiro fosse para reserva. Agora, n�o vejo inconveniente de o profissional da reserva ser aproveitado na �rea afim ou que tenha disposi��o para atuar.
O sr. tem certeza de que o Ex�rcito n�o vai se prestar a nenhuma aventura?
N�o vai. N�o vai. � o Ex�rcito profissional que todos conhecemos e admiramos. Tivemos agora promo��es fant�sticas. S�o nomes que, certamente, engrandecem o Alto Comando do Ex�rcito. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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