O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na noite desta segunda-feira, 2, por unanimidade, duas medidas contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) por conta das declara��es infundadas de fraude no sistema eleitoral e das amea�as � realiza��o das elei��es de 2022. Os ministros decidiram abrir um inqu�rito administrativo e, ainda, pedir a inclus�o do presidente no chamado "inqu�rito das fake news" que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
O inqu�rito administrativo, proposto pela Corregedoria-Geral da Justi�a Eleitoral, vai apurar se ao promover uma s�rie de ataques sem provas contra a Justi�a Eleitoral e o sistema eletr�nicos de vota��es, o presidente praticou "abuso do poder econ�mico e pol�tico, uso indevido dos meios de comunica��o, corrup��o, fraude, condutas vedadas a agentes p�blicos e propaganda extempor�nea". O inqu�rito eleitoral, segundo t�cnicos do TSE, pode acarretar em impugna��o de registro da candidatura de Bolsonaro ou inelegibilidade do presidente.
A apura��o foi aprovada � unanimidade pelos ministros da Corte. Na �ltima quinta-feira, 29, o presidente usou uma transmiss�o pelas redes sociais para lan�ar uma s�rie de v�deos antigos e informa��es falsas contra as urnas eletr�nicas para alegar que o sistema � fraud�vel. Na live, o presidente admitiu n�o ter provas das fraudes, mas, por mais de duas horas, apelou para informa��es falsas e descontextualizadas contra a Justi�a Eleitoral.
As medidas foram aprovadas pelo TSE na sess�o que marcou a abertura dos trabalhos no segundo semestre. O presidente da Corte Eleitoral, ministro Luis Roberto Barroso, fez duro discurso contra as amea�as � democracia.
O TSE tamb�m aprovou o envio de not�cia-crime ao STF para que Jair Bolsonaro seja inclu�do como investigado no inqu�rito das fake news. A investiga��o, que tramita aos cuidados do ministro Alexandre de Moraes, j� relaciona uma rede de aliados do presidente em a��es para desacreditar advers�rios e institui��es.
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