
Afirmando n�o ter proximidade pr�via com o governo, Amilton declarou n�o se lembrar de registro fotogr�fico com algu�m pr�ximo do chefe do Executivo. Mas n�o descartou a exist�ncia de registros. "Eu devo ter fotos, em eventos, coquetel."
A declara��o, contudo, foi contestada pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que apontou que, em outubro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro deveria ter comparecido � inaugura��o da Embaixada Humanit�ria pela Paz, que pertence ao reverendo, demonstrando que j� havia uma proximidade entre o depoente e o chefe do Executivo. Na ocasi�o, Bolsonaro n�o pode comparecer ao evento organizado por Amilton pois havia partido para uma viagem ao exterior, conforme informa a Ag�ncia P�blica.
Amilton admitiu ter participado da campanha de Bolsonaro � presid�ncia, mas negou encontro com o chefe do Executivo. O presidente da Comiss�o, senador Omar Aziz (PSD-AM), tamb�m n�o comprou a vers�o de pastor sobre sua falta de proximidade com o governo, classificando sua resposta como "inacredit�vel". "Me desculpe reverendo, mas n�o d� para acreditar nisso. � muito furada essa hist�ria."
Durante sua fala de abertura, Amilton negou que tenha negociado vacinas, mas se apresentou apenas como um facilitador. O pastor tamb�m foi questionado por senadores por que intermediou a oferta de vacinas para o Minist�rio da Sa�de e foi recebido tr�s vezes na sede da pasta, apesar de movimentos contr�rios do governo federal em rela��o � imuniza��o da popula��o.
Ele relatou tr�s reuni�es no Minist�rio da Sa�de: em 22 de fevereiro, 2 de mar�o e 12 de mar�o. Na �ltima, foi recebido pelo ex-secret�rio-executivo da pasta, Elcio Franco. O reverendo relatou que 10 pessoas estavam nesse encontro, patrocinado pelo coronel Helcio Bruno, do Instituto Brasil, mas disse n�o se lembrar da presen�a de Roberto Dias, ex-diretor de Log�stica do minist�rio que foi acusado de receber propina e preso na CPI.
A justificativa do reverendo para tentar facilitar a compra de vacinas com o Minist�rio da Sa�de foi a tentativa de proporcionar vacinas para o Brasil, uma "iniciativa humanit�ria", de acordo com ele. "O trabalho de mais de 20 anos de uma ONG, uma entidade s�ria, voltada para a��es comunit�rias e educacionais, foi jogada na lama, trazendo preju�zo na sua credibilidade", disse.