
Dominghetti se apresentou como representante da empresa Davati Medical Supply, tentou vender vacinas contra covid, e foi levado ao Minist�rio da Sa�de pelo pastor. Em depoimento na CPI, o reverendo afirmou que usou uma "bravata" ao demonstrar prest�gio com o governo federal nas conversas com o policial. Hoje, Amilton negou proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, ou com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Em uma mensagem do reverendo a Dominghetti, enquanto eram negociadas as vacinas ao governo, Amilton teria dito ao vendedor que a primeira-dama teria "entrado no circuito". Hoje, o pastor afirmou n�o lembrar o contexto da mensagem, mas declarou que a fala era uma "bravata", para "mostrar algo que n�o tinha". A mesma justificativa foi dada por ele a uma mensagem a Dominghetti onde dizia que tinha falado "com quem manda".
Durante a primeira bateria de perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL), o reverendo negou que tenha proximidade com qualquer pessoa do Pal�cio do Planalto. Apesar de simpatizando com o governo, dizendo ter participado da campanha do chefe do Executivo.
A afirma��o, contudo, n�o foi bem aceita pelos senadores. Al�m de registros fotogr�ficos com parlamentares governistas, membros da CPI questionam a facilidade com que o reverendo chegou ao Minist�rio da Sa�de para tratar sobre a venda de vacinas. Em sua defesa, o pastor se prop�s a disponibilizar seus emails, al�m seu registro telef�nico � CPI, negando que o colegiado encontraria contatos seus com membros do governo.
Durante o depoimento o reverendo relatou tr�s reuni�es no Minist�rio da Sa�de: em 22 de fevereiro, 2 de mar�o e 12 de mar�o. Na �ltima, foi recebido pelo ex-secret�rio-executivo da pasta, Elcio Franco. A justificativa do reverendo para tentar facilitar a compra de vacinas com o Minist�rio da Sa�de foi a tentativa de fornecer vacinas para o Brasil, uma "iniciativa humanit�ria".
Ap�s as inquisi��es do senador Humberto Costa (PT-PE) , o presidente da Comiss�o, senador Omar Aziz (PSD-AM), interrompeu a sess�o por trinta minutos, e sugeriu que o reverendo "repensasse" seu depoimento. "O senhor n�o � v�tima aqui, o senhor participou de um grande enredo. Sua miss�o � muito maior do que proteger pessoas que brincaram com a vida dos outros", disse, ap�s criticar pastor por afirmar que utilizou uma "bravata" para avan�ar as negocia��es de vacinas.