
Dominghetti tentou vender 400 milh�es de doses da vacina da AstraZeneca para o Minist�rio da Sa�de sem comprovar a capacidade de entrega das doses nem ter aval do fabricante. Os senadores criticaram o governo do presidente Jair Bolsonaro por ter aberto as portas da pasta para negociar com o policial ap�s ter ignorado ofertas de laborat�rios como a Pfizer e o Butantan.
Dominghetti foi levado por Blanco a um jantar no dia 25 de fevereiro com o ent�o diretor de Log�stica do minist�rio, Roberto Dias. O policial relatou ter recebido um pedido de propina para negociar as vacinas, vers�o negada por Dias e por Blanco.
"Na minha concep��o, existem dois Dominghettis. Esse Dominghetti que � sabido por todos, de hoje, de v�rias mat�rias, que estava aqui na CPI, e o Dominghetti que foi apresentado por mim no in�cio de fevereiro", afirmou o coronel Blanco, que defendeu a possibilidade de o minist�rio receber a oferta do policial em fun��o da escassez de vacinas naquela �poca.
De acordo com ele, Dominghetti se apresentou a ele em fevereiro com um discurso "muito bem-feito." Blanco relatou que s� passou a suspeitar da Davati, empresa que o policial dizia representar, em mar�o, quando passou a conversar com outro representante da empresa, Cristiano Carvalho, e percebeu que n�o havia documenta��o suficiente para negociar com o minist�rio. "A� comecei a ver que estava muito complicado."
Ao longo do depoimento, o ex-assessor do Minist�rio da Sa�de afirmou que oferta de Dominghetti n�o passou da "p�gina 2". A vers�o foi criticada por senadores. "N�o poderia nem ter passado da p�gina zero", disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
"As pessoas n�o quiseram comprar Pfizer, mesmo depois de 101 e-mails mandados para o Minist�rio da Sa�de, n�o houve nenhuma facilidade para eles, mas, em rela��o ao Dominguetti, que o coronel Branco nunca tinha visto mais gordo na vida dele, houve uma facilidade de ir para um restaurante � noite e de, no outro dia, j� estar aberto o Minist�rio da Sa�de pra ele. Ent�o, Brasil, era disso que se tratava a vacina", afirmou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).