O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (5), durante transmiss�o semanal pela internet, que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) "n�o s�o os donos do mundo". Logo ap�s desferir o ataque, voltou a defender di�logo entre os Poderes da Rep�blica, em meio � crise institucional pela qual o Pa�s passa, e pediu paz e harmonia em vez de �dio. "At� em guerra os advers�rios conversam", justificou.
O presidente do STF, Luiz Fux, cancelou, em pronunciamento durante a sess�o de hoje, reuni�o com o chefe do Executivo e os presidentes da C�mara, Arthur Lira (Progressistas - AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para a qual os havia convidado. O motivo: os sucessivos ataques de Bolsonaro a membros da Corte feitos em meio � defesa do voto "audit�vel".
"Ele (Fux) tem raz�o em muita coisa. At� em guerra os comandantes advers�rios conversam, at� para saber se o outro quer armist�cio. Da minha parte, conversar com vossa excel�ncia, ministro Fux, est� aberto o di�logo, sem problema nenhum", prop�s Bolsonaro. "Meu dever, minha obriga��o � trazer felicidade para o povo brasileiro. N�o � medir for�as entre eu e o Supremo. � fazer, todos n�s, uma an�lise de consci�ncia onde por ventura est� errando", completou.
O aparente tom conciliat�rio da fala de Bolsonaro se alternou com cr�ticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Lu�s Roberto Barroso, a quem se referiu como um "garoto mimado", por se opor � implementa��o do voto impresso. "Quem em casa n�o tem aquele garoto mimado que n�o pode ser contrariado que abre o berreiro? Parece o ministro Barroso. N�o pode ser contrariado, � o dono da verdade". Segundo o presidente, a atitude de "alguns pouqu�ssimos ministros" do Supremo n�o condiz com a democracia e refor�ou que est� pronto para conversar com o ministro "sem problema". "Tenho a obriga��o de procurar o di�logo com todos os poderes para o bem da na��o", completou.
Pouco antes, pediu aos membros do Judici�rio exerc�cio de reflex�o sobre os pr�prios "erros" e ressaltou que seus ataques n�o s�o direcionados a integrantes espec�ficos da Corte, mas sim �s decis�es das quais discorda. No entanto, fez cr�ticas com cita��es nominais
"A ministra Rosa Weber manteve a quebra de sigilo de uma advogada, irm� de um funcion�rio meu, que nunca foi empregada minha. Agora, os advogados do Ad�lio, manteve os sigilos. Uma advogada, irm� de um funcion�rio meu acusado de integrar o gabinete do �dio, de produzir fake news. Alexandre de Moraes, me apresenta uma coisa produzida nesse dito gabinete do �dio, eu quero ver", disse aos gritos.
Em seguida, voltou a chamar Barroso de mentiroso e o convidou para conversar sobre a implementa��o do voto impresso. Pregou ainda o respeito aos limites de cada Poder e � vontade da popula��o. "Ministro Barroso, falar mil vezes uma mentira, n�o vai se transformar em uma verdade. E estou pronto para dialogar com vossa excel�ncia tamb�m. Caso queira, posso conversar na Presid�ncia ou no Supremo Tribunal Federal. N�o tem problema nenhum".
O presidente afirmou que deseja a realiza��o das elei��es de 2022, mas repetiu reiterou mensagem de declara��es anteriores, nas quais condicionou o pleito � altera��o do sistema de vota��o.
"Eu quero elei��es no ano que vem. O povo quer elei��es no ano que vem. Limpas! Democr�ticas. Audit�veis. Com a contagem p�blica de votos. Porque se n�o for assim � uma elei��o sob suspei��o e isso d� problema para a na��o. Por que essa bronca de n�o querer o voto impresso?" disse o presidente. Ao fim da live, Bolsonaro pediu desculpas ao povo brasileiro e disse reconhecer que esperam muito dele.
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