'Teremos elei��es 2022 leg�timas', garante Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reagiu �s declara��es do presidente Jair Bolsonaro que colocam em suspei��o a realiza��o das elei��es em 2022. Nesta sexta-feira (6), em entrevista � GloboNews, Pacheco descartou a possibilidade de o pleito n�o ser realizado no ano que vem. "Teremos elei��es em 2022 leg�timas", garantiu, afirmando que s�o graves as declara��es do presidente Bolsonaro em questionar a lisura das elei��es.

"N�o podemos questionar a lisura das elei��es", disse o presidente do Parlamento, emendando que "todo aquele que pregar retrocesso com elei��es 2022 ser� punido pela hist�ria". Pacheco relembrou ainda que n�o h� comprova��o de fraude nas elei��es e apostou na confian�a do sistema de vota��o. Em sua avalia��o, "a maioria dos parlamentares compreende que o sistema eletr�nico � confi�vel" e a vontade do Congresso deve ser a de preserva��o do sistema.

A postura do parlamentar contra os ataques do presidente Bolsonaro ao sistema eleitoral, contudo, n�o s�o compartilhadas pelo presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL). Na �ltima quarta-feira (4), em entrevista � Bandeirantes, Lira afirmou que o debate sobre o voto impresso estava muito "polarizado" e pediu calma na an�lise do tema.

O presidente da C�mara admitiu n�o existir "nenhum fato relevante" que aponte fraude nas urnas eletr�nicas, mas mesmo assim, n�o deixou de apoiar a bandeira do presidente. Lira falou em criar formas de auditagem "mais transparentes", que evitem a contesta��o das elei��es, e jogou a decis�o final sobre o tema para o Senado.

Apesar da press�o e das amea�as de Bolsonaro, o voto impresso sofreu sua primeira grande derrota no Congresso na quinta-feira (5). O relat�rio do deputado Filipe Barros (PSL-PR) para a volta da contagem manual do resultado das elei��es e da impress�o do comprovante de vota��o foi derrotado por 23 votos contr�rios e 11 favor�veis.

Contra qualquer ataque da decis�o, Pacheco disse que as institui��es devem ser "obedientes" e entender que "quem decide � o Congresso Nacional". "O papel do Congresso � discutir isso (voto e urna), como foi feito ontem", pontuou. A expectativa, conforme pontua, � que o assunto seja encerrado na C�mara dos Deputados. No entanto, caso prossiga para o Senado, "a Casa decidir�", declarou. Pacheco defendeu ainda que as reformas administrativa e tribut�rias s�o as prioridades do Parlamento no momento.