Presidentes e l�deres partid�rios afirmam que "n�o h� clima" na C�mara para aprovar a proposta de emenda � Constitui��o (PEC) do voto impresso. A avalia��o � de que os recentes rompantes do presidente Jair Bolsonaro, que amea�ou n�o aceitar o resultado da elei��o de 2022 sem a mudan�a na urna e fez v�rios ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lu�s Roberto Barroso, dificultam a tarefa de construir maioria para aprovar o texto.
O Estad�o apurou que, antes de anunciar publicamente a vota��o, o presidente da C�mara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, comunicaram a Bolsonaro a decis�o de pautar a PEC do voto impresso. Disseram, por�m, que, se o texto for rejeitado, n�o v�o endossar nenhuma a��o do presidente contra o atual sistema da urna eletr�nica. Na conversa, destacaram que a decis�o do Legislativo precisar� ser acatada.
A proposta ser� votada no plen�rio da C�mara, no fim da pr�xima semana. Para ser aprovada precisa de pelo menos 308 votos em duas vota��es, na C�mara e no Senado, n�mero que dirigentes partid�rios veem como muito dif�cil de alcan�ar, dado o cen�rio de crise institucional.
"Quanto mais o presidente eleva o tom, menos prov�vel se torna a aprova��o de uma mat�ria como essa porque fica muito evidente que est� havendo muito exagero", disse o presidente do DEM, ACM Neto.
O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da For�a, avalia que o governo vai sofrer uma derrota na vota��o. "Agora o Bolsonaro vai perder de goleada. Vai apanhar igual cachorro sem dono", afirmou.
Os deputados Rodrigo de Castro (MG) e Isnaldo Bulh�es (AL), l�deres do PSDB e do MDB, respectivamente, disseram que v�o orientar os partidos para que rejeitem o voto impresso.
Na quinta-feira, 5, a PEC havia sido rejeitada pela comiss�o especial por um placar expressivo, 23 votos contr�rios a 11 favor�veis. No entanto, como o colegiado n�o tem car�ter conclusivo, apenas opinativo, o presidente da C�mara pode chamar o plen�rio a deliberar.
Para ACM Neto, o placar na comiss�o especial indica que a proposta n�o tem apoio para ser chancelada pelo plen�rio da Casa. "O resultado na comiss�o foi contundente. D� uma demonstra��o muito clara de que a grande maioria tem uma compreens�o do qu�o grave esse tema se tornou", observou o ex-prefeito de Salvador. "A nossa disposi��o � assegurar no plen�rio, assim como aconteceu na comiss�o, que a mat�ria n�o prospere".
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