Os argumentos do STF para decretar a pris�o do ex-deputado Roberto Jefferson

O ex-deputado Roberto Jefferson foi preso na manh� de sexta (13/8) ap�s o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes acolher pedido feito pela Pol�cia Federal no �mbito do inqu�rito que ficou conhecido como das "mil�cias digitais".

Na decis�o em que autoriza a pris�o preventiva, Moraes afirma que uma s�rie de elementos colocariam Jefferson como parte do n�cleo pol�tico de uma organiza��o criminosa que tem como objetivo "desestabilizar as institui��es republicanas" e que vem sendo investigada pela PF.

A organiza��o criminosa � descrita como tendo "forte atua��o digital e com n�cleos de produ��o, publica��o, financiamento e pol�tico absolutamente semelhantes �queles identificados no Inqu�rito 4.781 [inqu�rito das 'fake news'], com a n�tida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito".

Nesse sentido, a peti��o da PF elenca uma s�rie de entrevistas e postagens de Jefferson que "incitaram a pr�tica de crimes" e "ofenderam a dignidade e o decoro de ministros do STF, senadores e integrantes de CPI da Covid-19".

Em uma das entrevistas transcritas, o ex-deputado — que � presidente do PTB e aliado do presidente Jair Bolsonaro — afirma que � preciso "concentrar as press�es populares contra o Senado e, se preciso, invadir o Senado e colocar para fora a CPI a pesco��o". Em outra, diz que o Brasil necessita "fazer uma limpeza, come�ando pelo Supremo, ninho de bruxas e urubus".

� Jovem Pan no fim de julho, Jefferson declarou que "o povo do Lula" era "LGBT, drogado, traficante, assaltante de banco". Questionado por um dos jornalistas, ele disse que equiparava a orienta��o sexual � pr�tica de crimes porque todos representavam a "demoli��o moral da fam�lia".

Entre as postagens destacadas do perfil, h� uma em que Jefferson refere-se ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, como "macaco chin�s".

Al�m da pris�o cautelar, Moraes determinou o bloqueio da conta do ex-deputado no Twitter e autorizou a busca e apreens�o de armas e muni��es em endere�os pessoais e profissionais do ex-deputado. A pol�cia tamb�m ter� acesso a computadores, tablets, celulares e m�dias de armazenamento.

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