O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Lu�s Roberto Barroso, descartou nesta segunda-feira, 16, riscos � democracia brasileira, apesar do atrito entre institui��es, em especial, do que chamou de amea�as pelo "populismo extremista, autorit�rio e golpista". "Gosto de achar que n�o h� risco para a democracia no Brasil porque n�o h� nem em nome de qu� se dar um golpe. Falar em perigo comunista � ris�vel no Brasil de hoje", disse o ministro nesta tarde sem citar nomes.
Barroso, entretanto, disse que fica um pouco preocupado com o n�mero de vezes em que � perguntado sobre a possibilidade de golpes, mesmo que n�o haja uma causa que legitime a ruptura democr�tica. "Verdadeiramente acho que as institui��es s�o s�lidas e estamos atravessando uma turbul�ncia. Mas o avi�o � seguro e vai conseguir pousar em 2022 com tranquilidade. Assim espero, assim desejo e para isso trabalho", afirmou.
Fundo eleitoral
Durante evento promovido pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa), Barroso disse que avalia como positiva a mudan�a sobre o financiamento de campanha e cria��o do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o "fund�o eleitoral", em outubro de 2017. Segundo o ministro, a mudan�a encerra per�odo de "imoralidade administrativa".
Apesar dos elogios, Barroso sugeriu aprimoramentos ao atual mecanismo. Segundo Barroso, deveria haver regras legais para a destina��o de recursos a fim de evitar, conforme modelo atual, "poder exacerbado" a dirigentes partid�rios. Entre os aperfei�oamentos, o ministro salientou a amplia��o dos recursos carimbados a candidaturas espec�ficas.
"Conseguimos carimbar recursos a mulheres e negros, com choro e ranger de dentes", disse. "Mas � preciso ter tamb�m dinheiro reservado para novas candidaturas, para que haja renova��o."
POL�TICA