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Estado de Minas POL�TICA

CPI: documento do TCU usado por Bolsonaro foi adulterado

Em depoimento � CPI da COVID nesta ter�a-feira, 17, o auditor admitiu que produziu o documento levantando um questionamento sobre o registro de mortes no Pa�s


17/08/2021 14:47 - atualizado 17/08/2021 14:48

Auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques
Auditor do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques (foto: Pedro Fran�a/Ag�ncia Senado)
O auditor do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Alexandre Marques indicou que um documento produzido por ele com dados sobre as mortes por COVID-19 foi adulterado antes de ser usado pelo presidente Jair Bolsonaro para questionar o n�mero de �bitos pelo novo coronav�rus no Brasil.

Em depoimento � CPI da COVID nesta ter�a-feira, 17, o auditor admitiu que produziu o documento levantando um questionamento sobre o registro de mortes no Pa�s, mas reconheceu que o relat�rio n�o era oficial da corte de contas. Bolsonaro usou o levantamento paralelo no in�cio de junho para apontar uma suposta subnotifica��o nos dados atribuindo a autoria ao TCU, alega��o desmentida pelo pr�prio tribunal.

Ap�s a declara��o de Bolsonaro, uma vers�o do documento circulou no formato PDF e com selo do TCU, caracter�sticas normalmente usadas em relat�rios oficiais. O auditor, no entanto, afirmou que produziu o levantamento no formato Word e sem qualquer inscri��o oficial do tribunal. Aos senadores, o auditor disse que seu pai, Ricardo Silva Marques, foi quem encaminhou o levantamento a Bolsonaro.

Alexandre Marques negou que a altera��o tenha sido feita pelo pai e disse n�o saber sobre a origem da adultera��o. "Isso realmente eu n�o tenho como responder, porque, a partir do momento em que o arquivo cai na m�o de outras pessoas.... hoje em dia a internet tudo viraliza, n�? tudo � compartilhado rapidamente, ent�o n�o tem como eu presumir a autoria de ningu�m dessa altera��o", declarou.

De acordo com o depoente, o documento foi compartilhado com auditores do TCU no dia 31 de maio e enviado ao pai em 6 de junho, um dia antes de Bolsonaro citar o relat�rio paralelo. Integrantes da CPI afirmam que Bolsonaro cometeu crime ao alterar o relat�rio paralelo para questionar o n�mero de mortes pela covid-19. O vice-presidente da comiss�o, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que o chefe do Planalto cometeu crime contra a f� p�blica, prevista no C�digo Penal, por "falsificar documento p�blico ou alterar documento p�blico verdadeiro".

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) fez uma publica��o no Twitter dizendo que o depoimento j� poderia ser encerrado. "O depoente j� confirmou que s� mandou o documento para seu pai, amigo pessoal do PR (presidente Bolsonaro). E que seu pai mandou para PR. J� pode encerrar o depoimento. Bolsonaro sabia que estava mentindo para os brasileiros. Este jogo de mentiras em rede social matou e continua matando brasileiros."


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