
Foi prefeita do munic�pio de Rio Pardo de Minas por dois mandatos e teve tr�s filhos como "herdeiros" na pol�tica. Dois deles foram eleitos prefeitos de munic�pios que se emanciparam de Rio Pardo de Minas: Virg�lio T�cito Penalva, em Vargem Grande do Rio Pardo; e Marcus Costa, em Indaiabira.
Outro filho dela, T�cito J�nior, foi eleito vice-prefeito de Rio Pardo de Minas.
"Ela foi uma guerreira. Cuidou de um munic�pio em uma �poca em que as mulheres ainda n�o tinham express�o na pol�tica", afirma Virg�lio T�cito.
A ex-prefeita exercia uma forte lideran�a pol�tica na regi�o de Rio Pardo de Minas, com grande influ�ncia, sobretudo, junto � popula��o de baixa renda e aos moradores da zona rural.
A casa dela, no Centro de Rio Pardo, era sempre procurada pelos moradores, independentemente se dona Raimunda ou algu�m do seu grupo politico estivesse � frente da prefeitura ou n�o.
"Dona Raimunda, mulher guerreira, caridosa, valente, destemida. Seu cora��o era enorme. com sua casa para acolher a todos. Era m�e dos pobres. Recebia todos com alegria", diz a mensagem divulgada pela fam�lia.
"Sua partida vai deixar um grande vazio na pra�a de Rio Pardo de Minas. Por atos de bondade, acolhimento e caridade, ir� para a Gl�ria Celeste. Deixar� saudades", conclui o texto.
Durante o recesso, os opositores cassaram os mandatos dos colegas, e convocaram os suplentes.
Os cassados, aliados da ent�o chefe do Executivo, criaram uma outra C�mara, e Maria Raimunda se recusou a pagar os sal�rios dos suplentes. Ela considerou que a "C�mara ilegal" cassou seu mandato.
O impasse durou at� julho de 1995, quando o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) decidiu pela extin�ao da "segunda" C�mara Municipal de Rio Pardo.
Duas c�maras de vereadores
Em segundo mandato na Prefeitura de Rio Pardo de Minas, em 1995, Maria Raimunda enfrentou uma situa��o inusitada: foram formadas duas c�maras municipais na cidade. O caso alcan�ou repercuss�o nacional.
O conflito come�ou em 2 de janeiro de 1995, quando aconteceria a elei��o para a Mesa Diretora da C�mara. Na oportunidade, os opositores da ent�o prefeita n�o participaram e os outros nove vereadores realizaram a elei��o e decretaram recesso de cinco dias.
Durante o recesso, os opositores cassaram os mandatos dos colegas, e convocaram os suplentes.
Os cassados, aliados da ent�o chefe do Executivo, criaram uma outra C�mara, e Maria Raimunda se recusou a pagar os sal�rios dos suplentes. Ela considerou que a "C�mara ilegal" cassou seu mandato.
O impasse durou at� julho de 1995, quando o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) decidiu pela extin�ao da "segunda" C�mara Municipal de Rio Pardo.
'Companheira de caminhada'
O deputado estadual Arlen Santiago (PTB) divulgou nota em que lamenta a morte da l�der pol�tica. "Com imenso pesar que lamento o falecimento da minha amiga, dona Raimunda. A passagem dela significa, para mim, a perda de uma companheira de caminhada", disse o parlamentar.
"Rio Pardo de Minas e a regi�o do Alto Rio Pardo perdem uma mulher atuante que sempre lutou por melhorias significativas para toda a popula��o. Uma profissional respeitada que marcou a sua hist�ria com a��es efetivas", escreveu Santiago.
A causa da morte da ex-prefeita foi septicemia (infec��o generalizada), decorrente de uma infec��o urin�ria.
O corpo de Maria Raimunda de Faria Costa ser� sepultado amanh�, no Cemit�rio Municipal de Rio Pardo, no jazigo onde foi enterrado o marido dela, T�cito de Freitas Costa.
O corpo de Maria Raimunda de Faria Costa ser� sepultado amanh�, no Cemit�rio Municipal de Rio Pardo, no jazigo onde foi enterrado o marido dela, T�cito de Freitas Costa.