
Wassef se tornou amplamento conhecido ap�s a Pol�cia Federal encontrar e prender Fabr�cio Queiroz, ex-assessor de Fl�vio Bolsonaro acusado de comandar um esquema de rachadinha para o parlamentar quando ele era deputado estadual pelo Rio, em uma propriedade sua na cidade de Atibaia, no interior paulista, em junho de 2020.
Em ambos os casos - Wassef e Barros -, as informa��es precisar�o ser fornecidas pela Receita Federal, com dados de empresas em que o advogado e o deputado possam ter participa��o, como de faturamento desses neg�cios.
O autor do pedido de quebra de sigilo de Wassef foi o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Durante a sess�o desta manh�, ele afirmou que, a partir dos depoimentos colhidos at� o momento na comiss�o, foram interrelacionados comportamentos, transfer�ncias monet�rias e liga��es societ�rias entre diversas empresas e pessoas. Na lista apresentada pelo senador est�o nomes como de Wassef e Francisco Maximiano, um dos s�cios da Precisa Medicamentos, investigada pela negocia��o da vacina indiana Covaxin com o governo federal que presta depoimento nesta quinta.
"E � exatamente nessa esteira que, visando complementar e esclarecer as informa��es j� levantadas anteriormente, faz-se imperiosa a aprova��o do presente requerimento. Al�m de tudo, as pessoas acima relacionadas possuem registros de passagens de recursos e/ou relacionamentos comerciais com origem ou destino na empresa Precisa Comercializa��o de Medicamentos, seus s�cios, familiares destes e outros investigados por esta CPI", afirmou Calheiros.
O ex-diretor de Log�stica do Minist�rio da Sa�de Roberto Dias, suspeito de pedir propina para negociar vacinas, tamb�m foi inclu�do em requerimentos aprovados nesta manh�. A comiss�o pediu ao Minist�rio da Sa�de e � Casa Civil informa��es sobre a atua��o do ex-diretor.
Fib Bank
Na extensa lista de requerimentos votados est� ainda a quebra de sigilos fiscal, banc�rio, telem�tico e telef�nico da Fib Bank, institui��o financeira que teria dado a garantia ao neg�cio fechado entre a Precisa Medicamentos e o governo federal na compra da vacina indiana Covaxin. Para senadores da comiss�o, h� suspeitas de irregularidade na garantia apresentada pela empresa. Os diretores do Fib Bank, Roberto Pereira Ramos Junior e Luiz Henrique Louren�o Formiga, foram convocados a depor.
"A Precisa procura uma empresa que sequer est� autorizada pelo Banco Central a atuar como institui��o financeira, que agora sabemos teve seu capital integralizado de forma duvidosa, e aponta ind�cios de uma opera��o fraudulenta", aponta o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) no requerimento aprovado pela CPI. Al�m de chancelar a quebra sigilo da empresa, a CPI tamb�m pediu informa��es ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), cart�rios e � Junta Comercial de S�o Paulo e do Paran� sobre o Fib Bank.
Bloco de requerimentos
O bloco de requerimentos aprovado prev� aprofundar as informa��es em rela��o � Precisa. Os senadores quebraram o sigilo fiscal e pediram informa��es ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de diversas pessoas e empresas ligadas � empresa, entre elas o dono da empresa, Francisco Maximiniano, depoente desta quinta.
A quebra de sigilos fiscal, banc�rio, telef�nico e telem�tico inclui a Global Gest�o em Sa�de, outra empresa de Maximiano que j� foi alvo de investiga��o do Minist�rio P�blico Federal (MPF) por um contrato com o Minist�rio da Sa�de em 2017. Em rela��o � Precisa, o senador Tasso Jereissati destacou que a quebra de sigilo da matriz da empresa j� foi aprovada pela comiss�o. Hoje, a comiss�o deu aval � transfer�ncia de informa��es de filiais da Precisa.
Conforme o Estad�o mostrou, Maximiano levou � �ndia uma comitiva de empres�rios com os quais sua rede de empresas fez transa��es milion�rias consideradas suspeitas. A CPI da Covid apura se alguma dessas movimenta��es financeiras serviram para lavagem de dinheiro. A comiss�o tamb�m pedir� ao Itamaraty informa��es sobre os contatos da Precisa com a fabricante da vacina Covaxin, Bharat Biotech, que suspendeu as negocia��es com a empresa brasileira ap�s o in�cio da investiga��o.
Representantes de duas empresas que negociaram com o Minist�rio da Sa�de foram convocados para prestar depoimento. O s�cio da Belcher Farmac�utica, Emanuel Catori, e o executivo da World Brands Jaime Jos� Tomaselli ser�o chamados para depor, conforme os requerimentos aprovados. A CPI tamb�m aprovou uma s�rie de pedidos para solicitar informa��es sobre hospitais do Rio de Janeiro.
Apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-CE), um requerimento que pede sejam fornecidos � CPI extrato de mensagens, chamadas de voz e v�deo, bem como de telefones da agenda de contatos de todas as pessoas que j� foram alvo de quebra de sigilo telem�tico tamb�m foi aprovado pelos senadores.