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Estado de Minas CORRUP��O

CPI busca entender saque e fian�a milion�rios envolvendo contratos da Sa�de

Comit� do Senado que investiga corrup��o na compra de vacinas contra a COVID-19 vai ouvir depoimentos que podem desvendar foco central de supostos esc�ndalos


30/08/2021 04:00 - atualizado 30/08/2021 07:21

Comissão de senadores vai ouvir personagens que se encaixam no caso da VTCLog, empresa de logística contratada pelo Ministério da Saúde(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 8/7/21 )
Comiss�o de senadores vai ouvir personagens que se encaixam no caso da VTCLog, empresa de log�stica contratada pelo Minist�rio da Sa�de (foto: Edilson Rodrigues/Ag�ncia Senado - 8/7/21 )


A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID programou tr�s depoimentos para esta semana. Os senadores v�o se debru�ar, primeiro, sobre o caso da VTCLog, empresa de log�stica contratada pelo Minist�rio da Sa�de para cuidar do armazenamento e da distribui��o de insumos, como as vacinas. Amanh�, os parlamentares aguardam o motoboy Ivanildo Gon�alves da Silva, respons�vel por sacar parte dos R$ 117 milh�es movimentados de forma suspeita pela empresa nos �ltimos dois anos. No dia seguinte, ser� a vez de Marcos Tolentino, apontado como poss�vel s�cio oculto do FIB Bank. Depois, ser� a vez de Francisco Ara�jo, ex-secret�rio de Sa�de do Distrito Federal, investigado pela Pol�cia Federal por causa de suspeitas em torno da compra de testes r�pidos para o coronav�rus.
 
A VTCLog comp�e uma das linhas de investiga��o dos parlamentares. A suspeita sobre os R$ 117 milh�es consta em relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Al�m da CPI, o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) tamb�m analisa o contrato firmado entre a empresa e o governo federal. Segundo o vice-presidente da comiss�o, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a VTCLog “est� no centro dos esc�ndalos de corrup��o envolvendo o Minist�rio da Sa�de”. A defesa do motoboy Ivanildo pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspens�o do depoimento.
 
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), há suspeita sobre saque de R$ 117 milhões para a VTCLog, feito pelo motoboy Ivanildo Silva
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), h� suspeita sobre saque de R$ 117 milh�es para a VTCLog, feito pelo motoboy Ivanildo Silva
 
 
Foi Randolfe quem solicitou a ida de Ivanildo ao Senado. O profissional � citado v�rias vezes no relat�rio do Coaf. A pedido da empresa, ele fez saques que totalizaram mais de R$ 4,7 milh�es. “Chama a aten��o a confian�a que os donos da VTClog depositaram em Ivanildo. Com vencimentos que n�o ultrapassam teto de R$ 2 mil mensais, Ivanildo chegou a carregar em sua moto R$ 430 mil em 24 de dezembro de 2018, ironicamente, a poucas horas da noite de Natal daquele ano”, diz o pol�tico da Rede.
 
Ao Jornal de Bras�lia, Ivanildo, que fez saques na boca do caixa, disse ter depositado parte da verba na conta de pessoas que n�o conhece. O Coaf apontou que foram feitas opera��es financeiras em que a verifica��o da identidade do destinat�rio final fracassou. O motoboy teve o depoimento antecipado em dois dias e contar� com prote��o policial.

De volta aos holofotes Nesta quarta-feira, os senadores ouvem Marcos Tolentino, que seria s�cio oculto do FIB Bank, respons�vel por entregar, � Precisa Medicamentos uma carta-fian�a utilizada como seguro durante as tratativas pelas doses do imunizante indiano Covaxin. Antes de assinar acordo de R$ 1,6 bilh�o com o Minist�rio da Sa�de, a empresa respons�vel por oferecer a vacina precisou se comprometer com seguro de R$ 80,7 milh�es. Foi o FIB Bank o respons�vel pela garantia.
 
O governista Eduardo Girão (Podemos-CE) pediu convocação para questionar aplicação de recursos liberados pela União(foto: Waldemir Barreto/Agência Senado %u2013 14/7/20)
O governista Eduardo Gir�o (Podemos-CE) pediu convoca��o para questionar aplica��o de recursos liberados pela Uni�o (foto: Waldemir Barreto/Ag�ncia Senado %u2013 14/7/20)
 
 
Randolfe Rodrigues � o autor do requerimento para o depoimento de Tolentino. Segundo o senador, a carta oferecida pelo FIB Bank configura-se como  “garantia irregular”. O empres�rio � dono da Rede Brasil de Televis�o. Na semana passada, o diretor do FIB Bank, Roberto Pereira Ramos, disse aos senadores que a companhia n�o � um banco, mas sim uma empresa que d� garantias pessoais. Jocosamente, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), chamou o FIB de “Lorota Bank”.

Distrito Federal Francisco de Ara�jo Filho foi preso em julho de 2020, por causa da Opera��o Falso Negativo. O ex-secret�rio responde por organiza��o criminosa, descumprimento dos crit�rios para a dispensa de licita��o, fraude e peculato. Ele tem, por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), direito a permanecer em sil�ncio para n�o elaborar provas contra si mesmo.
 
“A convoca��o se destina, exclusivamente, a verificar a adequada aplica��o dos recursos federais repassados ao governo do Distrito Federal em raz�o da pandemia”, afirma Eduardo Gir�o (Podemos-CE), que oficiou o pedido para ouvir Francisco. O depoimento era pleito de Izalci Lucas (PSDB-DF).
 

Nomes e atos interligados 

Opera��o muito comentada na CPI durante a semana passada, a Falso Negativo foi deflagrada no Distrito Federal pelo Minist�rio P�blico do Distrito Federal e Territ�rios (MPDFT) e a Pol�cia Civil do DF. Apesar de ter sido um esquema criminoso de esfera distrital, dentro da Secretaria de Sa�de do DF, envolveu tamb�m a Precisa Medicamentos, que comercializou pelo menos 20 mil testes r�pidos, da marca Livzon – devolvido mundialmente – ao DF.
 
Portanto, os mesmos nomes investigados na comiss�o estavam envolvidos na opera��o. Por exemplo, o de Francisco Maximiano, dono da Precisa, e de Emanuel Catori, s�cio da farmac�utica Belcher, que prestou depoimento na quarta-feira passada. No depoimento de Maximiano, no �ltimo dia 19, o empres�rio foi questionado sobre a quantidade de vezes que encontrou o ex-secret�rio. Ele respondeu que o encontrou poucas vezes para tratar sobre os testes.
 
� �poca, a opera��o j� havia apontado tamb�m o alerta para “um poss�vel esquema criminoso em curso dentro do Minist�rio da Sa�de”, disse Randolfe Rodrigues. “Os neg�cios da Precisa v�o muito mais al�m do que a tentativa de vender vacinas. Quando chegou nas vacinas, j� tinha um know-how de neg�cios”, comentou o vice-presidente da CPI.
 
Apesar de Roberto Pereira Ramos J�nior ter afirmado, em depoimento, na �ltima quarta-feira, que Marcelo Tolentino, apontado como s�cio oculto da FIB Bank, empresa que fez uma carta de garantia que cobriria 5% do neg�cio – ou seja R$ 80,7 milh�es – em contrato com o �rg�o federal, � procurador da empresa Pico do Juazeiro, uma das acionistas do FIB Bank, a CPI quer entender por que o advogado se apresentava como representante da seguradora. Assim como pretende esclarecer a justificativa de o endere�o da Rede Brasil de Televis�o, emissora de Tolentino, e o n�mero de telefone do seu escrit�rio de advocacia em S�o Paulo serem os mesmos que constam nos dados de CNPJ das empresas acionistas, a Pico e a Mb Guassu. 


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