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Estado de Minas PODER

Vice-presidente Mour�o: 'Queremos democracia e paz social no Brasil'

Em evento, general prega uni�o e defende Estado de direito. Ele enfatiza n�o haver rem�dio contra a COVID-19 e destaca a necessidade da vacina��o em massa


31/08/2021 11:46

(foto: Fabiano Neves)
(foto: Fabiano Neves)
Em palestra para um grupo de empres�rias que integram o Lide Mulher do Distrito Federal, o vice-presidente Hamilton Mour�o defendeu o Estado de direito, frisou n�o haver rem�dio eficaz contra a covid-19 e pediu respaldo ao governo.

"Precisamos do apoio da sociedade. Quando eu falo em mudan�a, todo mundo levanta o bra�o. Agora, quem quer mudar? Todo mundo tem de ceder em algum ponto", disse. "Quando se fala em reforma tribut�ria, � onde a porca torce o rabo. Todo mundo tem de ceder um pouco para que se chegue a algum consenso e a uma situa��o melhor para todos."

Mour�o discursou por uma hora para 50 empres�rias, no Espa�o Renata la Porta, no Lago Sul, que teve como anfitri�es os presidentes da Lide DF, o empres�rio Paulo Oct�vio; e da Lide Mulher, a advogada Livia de Moura Faria. Na fala inicial, Paulo Oct�vio apontou que o grande desafio do pa�s no momento � lutar contra o desemprego que atinge 14 milh�es de pessoas.

O vice-presidente, por sua vez, fez um apanhado do cen�rio nacional e internacional. Come�ou referindo-se � pandemia, comparada por ele a um golpe de boxeador. "Todo mundo tem estrat�gia at� levar um murro na cara", enfatizou. "Sabem quem foi o fil�sofo que disse isso? Mike Tyson. E a covid-19 foi um grande murro na cara de todo o mundo", completou, na palestra sob o tema Desafios de uma na��o. A seguir, os principais temas que Mour�o abordou.

Vacinas e geopol�tica

"A �ndia e a China fizeram uma geopol�tica da vacina oferecendo para outros pa�ses. At� que, para a �ndia, a situa��o ficou cr�tica internamente, eles tiveram de dar uma segurada. Os Estados Unidos adotaram a lei de Mateus: primeiro para os meus. A imprensa endeusou o Biden, mas quem comprou todas aquelas vacinas que ele anunciou foi o Trump. Elas foram deixadas pelo presidente anterior. (...) O governo busca a vacina��o em massa. Fora da vacina��o, n�o foi descoberto um rem�dio para essa doen�a. � uma doen�a que a medicina est� lutando para realmente saber como control�-la."

China contra Estados Unidos

"Muita gente repete o ensinamento hist�rico da Guerra do Peloponeso, armadilha de Tuc�dides, com a guerra que houve entre Atenas e Esparta e levou � destrui��o do mundo hel�nico. Vemos dois cen�rios nessa situa��o: ou uma competi��o benigna entre China e Estados Unidos, os dois andando em paralelo e trazendo conquistas para o mundo, ou aquilo que est� se apresentando, uma rivalidade predat�ria, podendo, lamentavelmente, nos levar a algum tipo de conflito. Para o Brasil, em ambas as situa��es, temos de ser pragm�ticos e flex�veis."

Excesso de partidos

O vice-presidente contou ser dif�cil manter um "presidencialismo de coaliz�o" com o grande n�mero de partidos que existem no pa�s e com representa��o no Congresso. "� muita gente que o governo tem de negociar para aprovar medidas importantes. Esse presidencialismo que vivemos exige uma capacidade de parte do Poder Executivo, de negocia��o constante, sem que ela pare, para que a gente consiga atingir os nossos objetivos."

Estado de direito

"Na esteira do longo ciclo de endividamento global, surge um mundo mais propenso a crises pol�ticas. � s� olhar o que est� acontecendo nos pa�ses. Estamos vivendo uma transi��o do mundo pol�tico do p�s-guerra para outro ainda desconhecido. E a chegada desse modelo foi acelerada pela pandemia da covid-19. Sempre gosto de destacar os pilares da nossa civiliza��o. Pacto de gera��es, democracia como valor de um sistema de governo.

Fora da democracia, n�o existe outro, por pior que ela seja. O capitalismo no sistema econ�mico, o Estado de direito, a lei valendo para todos, sem pris�es arbitr�rias, sem o eu quero, eu posso, eu mando. E a sociedade civil forte, como est� aqui representada. O papel da sociedade civil � cobrar dos representantes. N�o � aparecer de quatro em quatro anos, apertar l� o bot�ozinho da urna eletr�nica e depois reclamar das redes sociais. Tem de participar. O Brasil � muito maior do que os obst�culos que existem. Com a uni�o do povo brasileiro, � poss�vel. O que queremos � a democracia e a paz social no Brasil."

Zelo pela Amaz�nia

"� a �ltima �rea estrat�gica do mundo. S�o tr�s: �frica, Amaz�nia e �sia Central. A China, que precisa ter acesso a materiais e insumos, est� de olho em tudo. � direito deles. Mas n�s, aqui, precisamos saber preservar a nossa soberania, em um territ�rio arduamente conquistado por aqueles que nos antecederam. Outra quest�o envolvida a� � a crise da �gua. Trinta por cento da �gua doce do planeta est� na Amaz�nia, sendo mais de 20% na Amaz�nia brasileira. N�s, al�m da �gua sobre a terra, temos dois aqu�feros. Vamos vender �gua num futuro pr�ximo. Ser� item da pauta de exporta��o do Brasil, desde que a gente cuide bem da nossa Amaz�nia."

Pot�ncia ambiental

"Ningu�m tem d�vida de que sustentabilidade � tema fundamental do s�culo 21. N�o posso passar para meus filhos e netos um mundo pior do que eu recebi. O Brasil n�o � o vil�o do meio ambiente. De 100% das emiss�es de gases do efeito estufa que ocorrem no mundo, 23% s�o oriundas da agricultura e do desmatamento, ou seja, � o nosso pacote. Os outros 77% s�o queima de combust�vel f�ssil. � o pacote dos pa�ses mais industrializados. Somos uma pot�ncia ambiental e agroalimentar, nossa matriz energ�tica � limpa, legisla��o ambiental avan�ada, a gente tem de fazer com que ela funcione."

Multa ambiental

"Temos aplicado, o problema � as pessoas pagarem. A multa ambiental n�o � igual � multa de tr�nsito, que voc� recebe em casa e o m�ximo que diz: 'N�o, era a Renata (filha dele) que estava dirigindo, p�e l� no CPF dela. N�o, a multa ambiental � um contencioso fort�ssimo que se arrasta".

Quarentena no Judici�rio

"Quarentena para ju�zes est� muito forte. N�o sei se se dirige a Sergio Moro ou ao MP (Minist�rio P�blico). (Essa quarentena) N�o � o caso. Transforma cidad�os brasileiros em de segunda categoria."

Crise no Afeganist�o

"Os Estados Unidos n�o podem mais dominar o mundo. Mas tamb�m n�o podem mais retirar sua presen�a do mundo. � necess�rio dar continuidade. Ao sair do Afeganist�o, os talib�s voltaram ao poder. O presidente Bolsonaro j� sinalizou que o pa�s estaria aberto para receber refugiados, mas devido � grande dist�ncia, n�o acredito que receberemos muitos."

D�vida e reforma tribut�ria

"A d�vida p�blica, em 12 anos, triplicou. Com a infla��o, chegou a bater em 90% do PIB (Produto Interno Bruto), caiu para 84% no final do primeiro semestre, mas � uma d�vida extremamente elevada para um pa�s como o Brasil. Estamos no s�timo ano do pa�s no vermelho. A previs�o para 2021 � de R$ 250 bilh�es. Uma infla��o pelo retorno da demanda, pela quest�o do c�mbio, pre�o das commodities, a China comprando tudo, o pessoal quer vender l� fora e aumenta aqui dentro os pre�os de insumos b�sicos.

A quest�o do desemprego; a baixa produtividade, pelo custo Brasil; a redu��o dos investimentos e do crescimento. Temos espa�o para expans�o fiscal? Complicado. Quem gasta mais do que ganha. Vive uma situa��o complicada. Governo � igual. Governo tem um limite que pode se endividar. O aumento dos gastos governamentais, num primeiro momento, houve aumento de imposto. Quando n�o deu mais, vamos nos endividar. Da�, o salto da d�vida em 12 anos. Agora, n�o d� mais."

Mudan�a na Previd�ncia

"Tivemos o pacote da Previd�ncia. E vai ter de haver outra mudan�a. Estamos vivendo mais. N�o vai adiantar o cara dizer que vai se aposentar aos 63 anos, porque n�o vai conseguir, ou, ent�o, vai se aposentar e viver com uma m�o na frente e outra atr�s, porque o governo n�o tem dinheiro para bancar isso a�."

Or�amento e Estado

"� preciso desvincular o Or�amento, em que 96% s�o de despesa obrigat�ria. E precisa da moderniza��o do Estado. O Estado tem de gastar menos. N�o � s� a quest�o do funcion�rio. Viemos reduzindo o gasto com pessoal. A pr�pria For�as Armadas. Em 2012, 85% do Or�amento das For�as Armadas era para pagamento de pessoal. O �ltimo dado, 2019, tinha ca�do para 75%. Mas o Estado ainda � ineficiente e atrasado. Em plena era da digitaliza��o, ainda circula papel na Esplanada dos Minist�rios. Processos todos em papel."

Privatiza��o e concess�es

"� preciso se abrir ao mercado. As concess�es s�o muito importantes, o trabalho que o ministro Tarc�sio vem fazendo, via PPI (programa de parcerias de investimento), para melhorar a infraestrutura do pa�s, trazendo o setor privado. Mas para o setor privado vir, tem de ter duas coisas: seguran�a jur�dica e estabilidade no ambiente de neg�cios, sen�o, o privado n�o vai colocar o dinheiro dele aqui. (O ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo) Crivella derrubou os ped�gios da linha amarela, e quem � que vai investir naquilo l� para ter preju�zo?"

Lideran�a do agroneg�cio

"Por que o nosso agroneg�cio � l�der? Porque investiu em tecnologia, se abriu na d�cada de 1970, do ministro Alysson Paulinelli. Saiu mundo afora para descobrir qual era a melhor forma de plantar e produzir no nosso pa�s. E se deu um choque para competir com o restante do mundo. E hoje o restante do mundo quer nos cercear nessa quest�o."


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