Em resposta a Fux, Bolsonaro diz que 'ningu�m precisa temer o 7 de Setembro'

O presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira que "ningu�m precisa temer o dia 7 de setembro", em refer�ncia �s falas de agentes pol�ticos sobre a possibilidade de haver tentativas de ruptura institucional nas manifesta��es em defesa do governo previstas a pr�xima ter�a-feira. Nesta quinta-feira, 2, durante abertura de sess�o de julgamento da tese do "marco temporal", o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, garantiu que n�o vai tolerar atos contra a democracia. Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e governadores defenderam uma solu��o para a crise entre Poderes e o fim de ataques �s institui��es, em um recado claro ao presidente Jair Bolsonaro

"Pretendo ocupar um carro de som na avenida Paulista (em S�o Paulo) que dever� ter 2 milh�es de pessoas. Pelo que tudo indica, ser� um recorde. O que essas pessoas est�o fazendo l�? O que elas est�o pedindo? O que elas est�o clamando, a n�o ser aquilo que o ministro Fux disse hoje em sua sess�o: n�o pode haver democracia se n�o tiver respeito � Constitui��o", disse Bolsonaro, que pediu aplausos dos presentes ao presidente do STF. "Parab�ns, mais uma vez, ministro Fux, � isso que eu quero, vossa excel�ncia quer, Arthur Lira quer, Pacheco quer."

Em discurso durante solenidade no Pal�cio do Planalto, o presidente pregou o di�logo entre os Poderes e afirmou que n�o havia necessidade de passar pelo atual momento de tens�o institucional que o Pa�s atravessa. No entanto, fez cr�ticas ao ministro Alexandre de Moraes, que o incluiu no inqu�rito das fake news por declara��es contra o sistema eletr�nico de votos. "Quem n�o quer ser criticado fique em casa. Parab�ns, Alexandre de Moraes", disse em tom ir�nico ao citar a frase dita pelo magistrado. "Quando um do STF come�a a dar problema, com toda certeza, o presidente e seus pares devem conversar com eles, porque alguns de n�s, somos humanos, extrapolamos. N�o podemos ficar ref�ns de um do Parlamento, um do executivo ou um do STF. Essa � a harmonia", afirmou.

Bolsonaro defendeu ainda a modera��o dos Poderes, embora tenha atacado sistematicamente membros do Judici�rio e, mais recentemente, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), com quem tinha boa rela��o at� o parlamentar rejeitar o pedido de impeachment do Planalto contra Moraes. "N�o podemos n�s usar da for�a do poder que n�s temos para censurar quem quer que seja, para desestabilizar a na��o, para acirrar os �nimos. Ou somos democratas ou n�o somos"

Bolsonaro, ao comentar pronunciamento de Fux, disse que � preciso respeitar todos os artigos da Constitui��o. Criticou aquilo que entende como censura �s vozes de defesa do governo pela Corte. "Est� faltando uma ou outra autoridade ter a humildade de reconhecer que extrapolou e trazer a paz para o Brasil", disse.

O presidente afirmou que "todos os poderes s�o importantes" e que cederia aos membros do Judici�rio a oportunidade de discursar diante dos manifestantes em atos previstos para 7 de setembro.