
Arlene, da etnia Aikana Kwaza de Rond�nia (RO), teme por sua seguran�a e de seu povo. "A gente estava seguro, mas n�o sabemos como vai ser daqui para a frente. Hoje de manh� teve uma provoca��o ali e os parentes foram de frente. Os bolsonaristas v�o de frente mas a gente n�o recua. Se eles tentarem invadir, n�s n�o vamos recuar", disse.
O seguran�a do acampamento Pablo, do povo Puri do Amazonas (AM), disse que a madrugada foi intensa. "Passaram o tempo zoando. Eu acho que vieram testar, ver como a gente est�. Vieram ver se aqui tem o 'bando de cachaceiro e vagabundos' como disse o Mour�o. Os caras aqui j� estavam em ponto de ataque", conta.
O clima � de revolta e inseguran�a por todas as barracas. "A gente est� aqui sem poder fazer nada. Eles passam, nos xingam. Estamos revoltados", disse uma ind�gena que n�o quis se identificar.
Ades�o ao Grito dos Exclu�dos
Elizabeth e Arlene ainda destacaram a possibilidade de os ind�genas n�o aderirem � manifesta��o do Grito dos Exclu�dos, com concentra��o marcada na Torre de TV, pr�ximo ao acampamento.
"Est�o querendo nos atrelar aos movimentos pol�ticos. N�s n�o estamos aqui para fazer politicagem, estamos aqui para reivindicar um direito nosso", afirmaram as ind�genas do povo Aikana Kwaza.
No entanto, segundo Giovani Krenak, as defini��es ainda ser�o feitas. "Hoje teremos reuni�es para definir se vamos participar [do Grito dos Exclu�dos]. Por�m, quem quiser ir, n�o ser� impedido", afirma um dos l�deres do povo do interior de Minas.
A princ�pio, os povos n�o ir�o aderir aos movimentos desta ter�a.