As manifesta��es deste feriado da Independ�ncia, nesta ter�a-feira, 7, foram o maior ato de campanha eleitoral j� realizado pelo presidente Jair Bolsonaro mirando a reelei��o, em 2022, destaca o cientista pol�tico e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando. Para o especialista, temas como a pandemia da covid-19, a dissemina��o do v�rus, o avan�o dos pre�os de derivados do petr�leo e alimentos deram lugar a novos ataques contra as urnas eletr�nicas e outras narrativas eleitorais.
"De novo ele bate na tecla, muito bem preparada por ele de colocar em d�vida a lisura do processo eleitoral e aponta, de forma direta, os ministros Alexandre de Moraes e Roberto Barroso, dizendo de forma muito clara que n�o vai mais obedecer '�quele que a�oita a Constitui��o'", afirmou Prando ao
Broadcast Pol�tico
. "� uma posi��o pol�tica que leva o confronto ao limite", completou
De acordo com Prando, "quando se estica o tecido democr�tico, a tens�o constante cria duas situa��es: ou de ruptura ou de esgar�amento. Acho pouco prov�vel que haja condi��es pol�ticas de haver uma ruptura, mas o esgar�amento e preju�zo no m�dio e longo prazo �s institui��es, que est�o, de fato, j� comprometida", refor�ou
Segundo o cientista pol�tico, � preciso acompanhar os desdobramentos dos pronunciamentos, ainda que n�o esteja descartada a possibilidade de rea��es palp�veis pela classe pol�tica ou jur�dica. Para Prando um dos pontos positivos para que n�o houvesse uma tens�o maior das rela��es institucionais foi a falta de focos de viol�ncia, uma preocupa��o pela proximidade com grupos militaristas.
"At� o momento n�o h� ato de viol�ncia, mas a viol�ncia simb�lica e a viol�ncia ret�rica ela inflama, e o presidente � algu�m muito capacitado para fazer isso", afirmou.
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