Ap�s os atos a favor do governo de Jair Bolsonaro, em que o presidente fez amea�as diretas ao Congresso e ao Judici�rio, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu cancelar todas as reuni�es do plen�rio e da comiss�es marcadas para esta semana.
O comunicado da decis�o foi enviado aos parlamentares por mensagem nesta noite e confirmada pela assessoria da Presid�ncia do Senado. Com isso, portanto, n�o haver� a audi�ncia com o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, prevista para hoje na Comiss�o de Acompanhamento da Covid-19 no Senado.
A decis�o foi interpretada na Casa, conforme apurou a reportagem, como o primeiro reflexo da radicaliza��o do presidente Bolsonaro. A avalia��o de Pacheco, segundo interlocutores do presidente do Senado, foi de que n�o h� clima para vota��es e nem garantia de seguran�a a senadores e servidores.
Mesmo ap�s os atos desta ter�a-feira, ainda havia muitos apoiadores do presidente acampados na Esplanada dos Minist�rios at� a noite desta ter�a. O setor de intelig�ncia do Senado tamb�m foi informado de riscos de invas�o a pr�dios de poderes.
Pacheco, a exemplo do presidente da C�mara, Arthur Lira (Progressistas-AL), foram "convocados" por v�rios representantes de associa��es e pol�ticos a reagirem � altura ao discurso de Bolsonaro, que, entre outros pontos, desafiou o Supremo Tribunal Federal e disse que n�o cumprir� decis�es do ministro Alexandre de Moraes. Os membros da Suprema Corte se reuniram na noite de ontem e informaram que o presidente do STF, Luiz Fux, demonstrar� o posicionamento do grupo hoje.
Press�o
Tem crescido a discuss�o em torno de um impeachment contra Bolsonaro e, al�m de Lira, Pacheco teria papel fundamental nesse processo. Ainda que o impedimento n�o chegue a ser concretizado de fato, todo o processo tende a desgastar ainda mais o presidente, que passa por seu pior momento de popularidade desde que foi eleito. Tanto no discurso em Bras�lia quanto no de S�o Paulo, o chefe do Executivo disse que apenas deixaria o posto se for preso ou morto e que acredita na sua reelei��o em 2022.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
POL�TICA