O Conselho Nacional do Transporte Rodovi�rio de Cargas (CNTRC), entidade que re�ne associa��es de caminhoneiros, entrou com uma a��o civil p�blica 20.ª Vara Federal C�vel do Distrito Federal contra a Uni�o, o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores na esteira das manifesta��es organizadas no 7 de Setembro. A investida tem apoio da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros e Celetistas.
O CNTRC argumenta que a base bolsonarista usou a categoria angariar apoio pol�tico aos atos pr�-governo realizados no feriado. A entidade pede indeniza��o de R$ 50 milh�es por danos patrimoniais, extrapatrimoniais e morais coletivos.
"Apoiadores pol�ticos como cidad�os envolveram a classe dos Caminhoneiros na pseudo-paralisa��o sem qualquer pauta jur�dica por direitos, como se fossem os respons�veis por atos vistos por grande parte do mundo como antidemocr�ticos. A circunst�ncia afeta a imagem da categoria", informou ao blog o CNTRC.
O conselho se op�e � associa��o dos caminhoneiros ao discurso do presidente, classificado na a��o como 'inconstitucional, antidemocr�tico e antiecon�mico'.
"As condutas do Presidente da Rep�blica Jair Bolsonaro extrapolam os limites da ofensa individual e espec�fica, j� que o discurso proferido consagra afeta��o � toda a coletividade, transmutando em elemento de autoafirma��o atentat�ria � exist�ncia do Estado Democr�tico de Direito, com todas as consequ�ncias jur�dicas de responsabiliza��o", argumenta a entidade.
Sob a lideran�a do cantor sertanejo e ex-deputado S�rgio Reis e do caminhoneiro Marcos Ant�nio Pereira Gomes, o 'Z� Trov�o', uma promessa de paralisa��o das atividades da categoria ganhou for�a nas redes sociais �s v�speras do feriado. Pelas mensagens postadas, os profissionais cruzariam os bra�os em 7 de Setembro, Dia da Independ�ncia do Brasil, em um movimento que engrossaria outras manifesta��es p�blicas que j� estavam programadas a favor do governo.
"O ass�dio moral pelo abuso estrat�gico do poder econ�mico constrangendo o caminhoneiro celetista a agitar a paralisa��o para manter-se empregado e, quanto ao caminhoneiro aut�nomo habitual, provoca dificuldade artificial de continuidade do frete caso n�o aceite participar das mobiliza��es, param as m�quinas colheitadeiras e tratores dificultando a opera��o de produ��o, distribui��o e transporte", diz outro trecho da a��o.
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