Ap�s 5 dias de protesto, caminhoneiros deixam Esplanada e PM libera vias

Depois de cinco dias de protestos a favor do governo de Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF), a Esplanada voltou a ser liberada para tr�nsito nesta sexta-feira, 10. Ainda h� alguns caminhoneiros no local, mas, de acordo a Secretaria de Seguran�a P�blica do Distrito Federal, eles est�o saindo voluntariamente e a previs�o � que a �rea esteja totalmente desocupada at� o final do dia de hoje.

As vias N1 e S1, que ficam entre a Catedral e a Avenida Jos� Sarney, voltaram a ter a circula��o de ve�culos permitida. No entanto, o acesso � Pra�a dos Tr�s Poderes continua fechado. "A �rea central de Bras�lia permanece sob monitoramento da Secretaria de Seguran�a P�blica (SSP/DF) e for�as de seguran�a locais, por meio do Centro Integrado de Opera��es de Bras�lia (Ciob) e equipes em campo", informou a secretaria por meio de nota. "O objetivo � garantir a seguran�a de todos que circulam na regi�o. O policiamento permanece refor�ado", completou.

A libera��o ocorre dois dias antes de manifesta��es convocadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL) pelo impeachment de Bolsonaro. Al�m de Bras�lia, os atos est�o programados para ser realizados em S�o Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Os caminhoneiros come�aram a se desmobilizar no final da tarde de ontem, 9. A sa�da coincidiu com recuos de Bolsonaro, que, mesmo tendo atacado o Supremo e amea�ado n�o obedecer decis�es da Corte, disse, por meio de nota, que n�o tinha a inten��o de agredir as institui��es.

L�deres do "Movimento Brasil Verde Amarelo", um dos grupos que organizaram as manifesta��es governistas de 7 de setembro, divulgaram um v�deo nas redes sociais em que anunciam a sa�da da capital federal. A mensagem foi divulgada na noite de ontem, ap�s reuni�o com Bolsonaro.

"A palavra de ordem agora � a seguinte: vamos nos manter em vig�lia nas nossas bases. N�s que estamos aqui em Bras�lia vamos voltar para as nossas cidades", afirmou Jefferson Rocha, diretor jur�dico da Associa��o Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra (Andaterra) e um dos porta-vozes do Movimento Brasil Verde Amarelo.

O apoiador de Bolsonaro afirmou que n�o viu como um recuo a nota divulgada pelo presidente. "O que muitas pessoas veem como um recuo, n�s estamos encarando, depois dessa reuni�o com o presidente, como um passo estrat�gico em uma medida que ser� tomada e que vai restabelecer no nosso Pa�s o Estado de Direito, que � o que almejamos", disse.

O tr�nsito na Esplanada estava fechado desde a �ltima segunda-feira, 6, na v�spera das manifesta��es do 7 de Setembro. Na noite de segunda, apoiadores do presidente furaram o bloqueio da Pol�cia Militar do Distrito Federal e invadiram a Esplanada. O rompimento do bloqueio aconteceu sem muita resist�ncia dos agentes de seguran�a.

Os protestos dos caminhoneiros, que contaram com bloqueios em v�rios Estados, come�aram durante as manifesta��es do 7 de Setembro convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro. A pauta dos manifestantes era a defesa do governo federal e contra o Supremo Tribunal Federal, em especial o ministro Alexandre de Moraes.

A sa�da de alguns caminhoneiros da Esplanada aconteceu logo ap�s o pr�prio presidente recuar das amea�as feitas ao Supremo durante as manifesta��es. H� tr�s dias, Bolsonaro chamou Moraes de "canalha" em discurso feito do alto de um carro de som na Avenida Paulista, em S�o Paulo, e prometeu desobedecer decis�es do magistrado. Em nota divulgada nesta quinta-feira, por�m, disse que as declara��es foram feitas no "calor do momento", que n�o teve "nenhuma inten��o de agredir quaisquer dos Poderes" e chegou a elogiar Moraes.

Em outro recuo, na noite de quarta-feira, 8, Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, enviaram mensagens pedindo aos caminhoneiros para interromperem as paralisa��es. Na mensagem, Bolsonaro trata os caminhoneiros como "aliados" e apela para que os manifestantes desobstruam as vias porque "atrapalha nossa economia".

Nota do Minist�rio da Infraestrutura divulgada na manh� desta sexta informou que n�o h� bloqueios nas estradas e que apenas tr�s Estados seguem com protestos de caminhoneiros. No auge da manifesta��o, os protestos atingiram 16 Estados.

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