Bolsonaro busca acalmar apoiadores: n�o � poss�vel 'degolar todo mundo'

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 10, que n�o � poss�vel "degolar" seus opositores. A fala vem em meio � tentativa do chefe do Executivo de minimizar, a apoiadores, o derretimento de sua base de sustenta��o ap�s sinalizar nesta quinta-feira, 9, em nota, o recuo em seus ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). A ofensiva sobre a Corte � incentivada pelos simpatizantes.

"Alguns querem que eu v� l� e degole todo mundo. Hoje em dia, n�o existe pa�s isolado, todo mundo est� integrado ao mundo", justificou o presidente, pedindo, novamente, calma aos presentes ap�s a divulga��o da carta. "� preciso Buscar o entendimento o m�ximo poss�vel", declarou. O presidente repetiu que o "retrato" que fez sobre as manifesta��es de 7 de setembro em S�o Paulo n�o � dele, mas sim do povo.

Apesar de a poss�vel mudan�a de posicionamento ter causado desalento em parte dos apoiadores, ao ser questionado por um apoiador se a suposta mudan�a de postura poderia resultar na soltura do deputado preso Daniel Silveira (PSL-RJ), o presidente se mostrou incomodado e disse que, sobre algumas coisas, n�o poderia comentar. "Tem coisas que n�o posso falar com voc�".

Caminhoneiros

Bolsonaro tamb�m buscou minimizar o arrefecimento dos bloqueios de caminhoneiros em estradas do Pa�s e recha�ou que haja um "recuo" de manifesta��es bolsonaristas contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

"Voc� quando quer matar um verme, �s vezes mata a vaca. At� domingo, se ficar parado, a gente vai sentir, mas se passar disso, complica a economia do Brasil. Ningu�m est� recuando. N�o pode ir pro tudo ou nada", disse o presidente a apoiadores, ressaltando, em seguida, que "aos poucos vai arrumando" o Pa�s.

Ontem, Bolsonaro j� havia afirmado que as manifesta��es n�o poderiam passar de domingo, sob pena de prejudicar o abastecimento nacional, e tamb�m j� tinha buscado abrandar os efeitos sobre apoiadores de sua "carta de recuo". Hoje, ele confirmou que o ex-presidente Michel Temer editou o documento.