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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Anastasia comemora presen�a em comiss�o que fiscalizar� elei��es de 2022

Parlamentar mineiro faz parte do colegiado de 12 pessoas criado pelo Tribunal Superior Eleitoral para acompanhar a lisura do pr�ximo pleito


12/09/2021 04:00 - atualizado 12/09/2021 21:31

'Rodrigo Pacheco tem um perfil muito adequado, muito sereno, muito preparado, muito correto, seria um grande presidente', disse Anastasia
'Rodrigo Pacheco tem um perfil muito adequado, muito sereno, muito preparado, muito correto, seria um grande presidente', disse Anastasia (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) ser� o representante do Congresso Nacional na Comiss�o de Transpar�ncia das Elei��es (CTE), criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na �ltima quinta-feira. Ele integra o seleto grupo de 12 pessoas, entre autoridades p�blicas e especialistas da �rea de tecnologia, que come�am a se reunir amanh�, periodicamente, para estabelecer um plano de trabalho para acompanhar de perto as elei��es de 2022.

Nesta entrevista ao Estado de Minas , o senador fala de suas expectativas para o trabalho como ''fiscal'' na comiss�o e para o pleito do ano que vem, que, segundo ele, apesar da atual turbul�ncia pol�tica, deve ocorrer naturalmente.

“Vou participar juntamente de outras pessoas dessa comiss�o com objetivo de acompanhar, verificar, dar a tranquilidade necess�ria no processo eleitoral como � feito no Brasil”, adianta.

Candidato a novo mandato no Senado, o parlamentar mineiro � entusiasta do nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), como terceira via na disputa presidencial. “Rodrigo Pacheco tem um perfil muito adequado, muito sereno, muito preparado, muito correto, tem muita energia, e, a meu ju�zo, se candidato e se eleito, seria um grande presidente”, avalia.

Sobre a disputa pelo governo de Minas, Anastasia acredita que ficar� mesmo polarizada entre o atual governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD).

Como foi feito o convite para a comiss�o?
 
O convite foi feito ao Congresso, ao presidente Rodrigo Pacheco, para designar um membro. E eu, pela rela��o antiga com o ministro Barroso, e ele, tamb�m como eu, somos oriundos do magist�rio do direito p�blico, eu em Minas e ele no Rio de Janeiro. Ent�o, naturalmente, imagino que tenham conversado e houve a sugest�o do meu nome, fiquei muito honrado. Naturalmente, vou participar juntamente de outras pessoas dessa comiss�o com o objetivo de acompanhar, verificar, dar a tranquilidade necess�ria no processo eleitoral como � feito no Brasil, um processo eleitoral r�gido, muito adequado e, assim, correto. Ent�o, vamos ver, a primeira reuni�o � na segunda-feira pr�xima. Vamos ter j� um panorama das atividades da comiss�o. A primeira reuni�o deve ser s� para dar a moldura do trabalho.

Como ser� a contribui��o do senhor nessa comiss�o do TSE?
 
Primeiro, vamos ter que definir bem qual � o escopo, qual � o objetivo da comiss�o. Uma comiss�o integrada, o representante do Congresso sou eu, o ministro do Tribunal de Contas da Uni�o, o oficial general do Ex�rcito, o procurador-geral eleitoral, um representante da OAB tamb�m, nossa conterr�nea mineira, filha do desembargador (Jos�) Nepomuceno, a Luciana Diniz, uma advogada muito renomada, e outros da sociedade que s�o muito da �rea t�cnica, da �rea t�cnica da inform�tica. O objetivo, certamente, da comiss�o � fazer acompanhamento, conhecimento pr�vio e dar divulga��o a isso, de como que � esse processamento da urna, o sigilo do voto, a garantia do voto, a sua inviolabilidade, que � uma garantia constitucional, o voto tem que ser inviol�vel. Ent�o, isso tudo imagino que seja o trabalho, n�o posso antecipar porque ainda n�o tivemos reuni�es.

Em 2014, o PSDB criticou o resultado das elei��es presidenciais ap�s a derrota e pediu recontagem. Olhando hoje, depois de alguns anos, essa atitude foi um erro?
 
Veja bem, eu j� participei de quatro elei��es. Ganhei tr�s, perdi uma. Ent�o, eu, pessoalmente, nunca discuti o resultado das urnas e o processo eletr�nico. Ali�s, acompanhei, at� em rela��o de amizade com o ent�o presidente do TSE ministro Carlos Veloso, que tamb�m � mineiro e pessoa por quem tenho grande apre�o e admira��o, e que foi o respons�vel, ele � chamado o pai da urna eletr�nica. Acompanhei no in�cio aquele processo, trabalhava � �poca em Bras�lia, sou testemunha de todo o empenho da Justi�a Eleitoral, de toda a confiabilidade do sistema. Em 2014, o que aconteceu foi que em raz�o de conversas surgiu aquela indaga��o e o pr�prio PSDB, � �poca, salvo engano, fez uma comiss�o que concluiu que n�o houve problema nenhum. � uma conclus�o que ficou relatada, salvo engano, pelo Carlos Sampaio, deputado federal de S�o Paulo, que concluiu que de fato n�o aconteceu aquilo. Naquela �poca, me lembro de que a apura��o dos votos, em raz�o do fuso hor�rio, acabou que ficou um pouco confusa, porque quando veio o resultado, ele j� veio muito r�pido, ent�o surgiu aquela indaga��o. Mas o pr�prio PSDB, depois, acompanhando isso, concluiu da absoluta rigidez e lisura do processo.

Como o senhor viu o discurso do ministro Barroso na quinta-feira? O senhor avalia que foi na medida certa?
 
�, em primeiro lugar, eu j� havia at� me manifestado antes dos eventos de 7 de setembro dizendo que as manifesta��es s�o perfeitamente leg�timas e democr�ticas, todas as pessoas podem se manifestar, desde que dessa manifesta��o n�o decorram atividades de viol�ncia, obviamente, e que tamb�m n�o haja crime. Porque quando voc� explicita, por exemplo, atentado � democracia, conven��es, crimes contra a ordem democr�tica, isso � punido em lei. Evidentemente, as manifesta��es n�o poderiam ir nesse sentido. O presidente fez um discurso, todo mundo viu, o Brasil inteiro viu, com um tom, ao meu ju�zo, equivocado. Atacando, inclusive, do ponto de vista pessoal, ministros do Supremo Tribunal Federal e a pr�pria Justi�a como um todo. Ent�o, acho que ele percebeu esse equ�voco e se retratou, atrav�s da tal carta � na��o. Evidentemente, tanto a palavra do presidente [do STF] Fux quanto a palavra do ministro Barroso demonstraram, de maneira muito clara, que o Poder Judici�rio tem uma posi��o fria de defesa, n�o s� das suas prerrogativas, que s�o constitucionais, como tamb�m de todo o edif�cio democr�tico brasileiro, que tem que ser defendido. S�o 30 anos que sucederam ao per�odo de ditadura, de supress�o de direitos, ningu�m quer voltar a isso, ningu�m pode, em s� consci�ncia, defender ruptura da ordem democr�tica. Teremos elei��es no ano que vem, elei��es nacionais, e as elei��es v�o definir quem � o presidente. Pode ser o atual, se for reeleito, pode ser A, pode ser B, pode ser C, o povo brasileiro, de modo soberano, � quem vai escolher. No frigir dos ovos, depois de tanta confus�o, o pr�prio governo percebeu que essa linha do confronto, eu sempre disse isso, n�o � de hoje, n�o � de agora, � uma frase que digo h� anos, que a linha do confronto � uma conduta que n�o leva a nada. Eu sempre defendo a converg�ncia, o equil�brio, o consenso, mas claro, repetindo, no ambiente democr�tico, defendendo as institui��es e, � claro, direito de cada um se manifestar.

As elei��es de 2022 correm algum risco?
 
Acho que n�o tem d�vida nenhuma, a elei��o est� mais do que prevista. A elei��o ocorrer� em outubro do ano que vem, da forma constitucionalmente prevista, porque isso ningu�m discute, ningu�m duvida. Pode haver um clima pol�tico acirrado, como ali�s j� tivemos em outras elei��es. Mas isso a democracia tem que tem a for�a, tem que ter a robustez necess�ria para suportar esses choques, como se fossem ondas de choque de terremoto. Mas se mant�m como? Se manter firme e, naturalmente, com os pr�prios instrumentos que t�m a nossa democracia e nossas institui��es, esses instrumentos s�o h�beis para dar cabo a todo tipo de radicalismo. Acredito, de maneira muito tranquila e serena, que n�s teremos elei��es no ano que vem conforme previsto.

De zero a 100, qual a confian�a do senhor no processo eleitoral brasileiro?
 
Eu n�o gosto de dar nota. Apesar de ser professor, acho que isso fica muito relativo. Volto a dizer, participei de quatro elei��es, ganhei tr�s e perdi uma, o que � perfeitamente natural e pr�prio da democracia. Tenho confian�a plena na Justi�a Eleitoral como um todo e, agora, participando da comiss�o, vou ter mais condi��es de conhecer em detalhes a quest�o toda, das garantias do sistema de prote��o sob o ponto de vista da inform�tica e dos registros eletr�nicos. Mas, pessoalmente, tanto tive confian�a que participei das elei��es e ganhei, no momento em que perdi a elei��o, na mesma hora, n�o tive d�vida nenhuma, cumprimentei o governador Zema no primeiro instante, reconhecendo a vit�ria dele. Acho que importante numa democracia consolidada s�o as pessoas saberem que elas t�m o direito, disso n�o tenho d�vida. Agora, claro que hoje o sistema atual � muito mais confi�vel do que no passado. Conhecemos a hist�ria do Brasil e acompanhamos muito aqueles votos que haviam ainda na Rep�blica Velha, votos descobertos, o chamado ma�o eleitoral, que as pessoas faziam um ma�o e colocavam s� os votos partid�rios, pessoas j� falecidas votando, utilizando nome de pessoas falecidas para vota��o, fraudes de complementa��o de nomes na c�dula, voc� � jovem, n�o � desse tempo, mas tinha � m�o, colocava a m�o, com a pr�pria letra. Ent�o, � �bvio que o sistema todo � mil vezes melhor. Agora, vamos ver que todo sistema pode ser aperfei�oado, � claro, isso vai ser discutido certamente nessa comiss�o.

Como avalia o trabalho de Andr� Mendon�a, advogado-geral da Uni�o e indicado ao STF?
 
Conhe�o o ministro Andr� Mendon�a antes mesmo de ele ser ministro da AGU, porque ele � de carreira da Advocacia-Geral da Uni�o. Eu j� tinha conhecimento dele e sei que ele � uma pessoa, sob ponto de vista profissional, muito capacitada, muito preparada tecnicamente, e exerceu posteriormente o cargo de advogado-geral da Uni�o, depois ministro da Justi�a, voltou � AGU, foi indicado pelo presidente. E a meu ju�zo pessoal, ele atende aos requisitos constitucionais, de not�rio saber jur�dico e tamb�m de reputa��o ilibada. O que tem acontecido em rela��o a ele � o momento pol�tico, essa demora, tudo isso que se est� acompanhando nos jornais decorre muito mais do ambiente pol�tico do que da condi��o pessoal dele. Porque ele tem condi��es pessoais de ser ministro do Supremo, mas o momento pol�tico n�o est� colaborando com a tramita��o da indica��o dele. Vamos ver que com esse recuo do presidente, com essa calma e essa not�cia que ele vai restabelecer pontos, di�logo, independ�ncia dos poderes, isso torna o ambiente pol�tico melhor para o apoiamento no plen�rio ao ministro Andr� Mendon�a, que eu apoio e tenho muita simpatia pelo nome dele.

O senhor deve ser figura ativa nas elei��es de 2022, j� que tentar� novamente uma cadeira no Senado. Como v� a disputa para presidente da Rep�blica e governador de Minas?
 
Na frente nacional, tenho uma posi��o, tamb�m conhecida, de apoiamento � chamada terceira via, inclusive, defendo o nome do nosso conterr�neo, meu amigo, presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como o nome, at� lan�ado pelo presidente do meu partido, Kassab, Gilberto Kassab, pelo PSD, convidando-o para vir ao PSD. Rodrigo tem um perfil muito adequado, muito sereno, muito preparado, muito correto, tem muita energia, e, a meu ju�zo, se candidato e se eleito, seria um grande presidente. Claro que ele pr�prio ainda tem que decidir, ainda � tudo uma constru��o a ser feita. Acho que em um n�vel nacional, pessoalmente, eu batalho para evitar essa op��o dos extremos, acho que a terceira via � a mais adequada. No caso do estado, o quadro pol�tico j� me parece mais ou menos definido. Temos dois candidatos fortes, temos o prefeito Kalil, da capital, e o governador Zema candidato � reelei��o. N�o h� espa�o para uma terceira via, at� porque os dois n�o t�m perfil de radical, t�m apoiamento grande, cada qual com seu segmento. A elei��o se encaminha para um embate entre os dois. � uma percep��o de hoje, temos ainda um ano das elei��es, as coisas mudam de maneira muito din�mica, mas o quadro atual me parece esse.

Comiss�o de Transpar�ncia das Elei��es


Os 12 integrantes do colegiado criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que acompanhar�o o pleito de 2022:

Ana Carolina da Hora, pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Funda��o Getulio Vargas/Rio de Janeiro

Ana Claudia Santano, coordenadora-geral da Transpar�ncia Eleitoral Brasil

Andr� Lu�s de Medeiros Santos, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Antonio Anastasia (PSD-MG), senador

Benjamin Zymler, ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU)

Bruno de Carvalho Albertini, professor da Universidade de S�o Paulo (USP)

Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da Open Knowledge Brasil

Heber Garcia Portella, general, comandante de Defesa Cibern�tica pelas For�as Armadas

Luciana Diniz Nepomuceno, conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Paulo C�sar Hermann Wanner, perito criminal do Servi�o de Per�cias em Inform�tica da Pol�cia Federal

Paulo Gustavo Gonet Branco, vice-procurador-geral eleitoral pelo Minist�rio P�blico Eleitoral

Roberto Alves Gallo Filho, doutor pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)


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