
"No meu partido, j� h� um pr�-candidato disposto, que � o prefeito Kalil, que tem todo o nosso apoio e simpatia"
O que levou o senhor a tentar reelei��o para o Senado?
J� come�aram as articula��es, diversas conversas e at� mesmo enquetes de opini�o p�blica. Como sou senador em exerc�cio de mandato e meu partido, o PSD, est� se organizando bem — n�o s� em Minas, mas em todo o Brasil —, achei conveniente j� dar a not�cia de que sou pr�-candidato. N�o h� defini��o ainda de candidatura, e nem pode haver, sob o ponto de vista legal. Mas (quero) dizer que a minha inten��o n�o � de uma nova candidatura ao governo. Havia muita especula��o de que n�o seria candidato (ao Senado). N�o vou dizer o que acontecer� daqui um ano e tr�s meses, mas a princ�pio sou candidato.
O senhor n�o cogitou ser candidato ao governo em nenhuma hip�tese?
Em hip�tese alguma. No meu partido, j� h� um pr�-candidato disposto, que � o prefeito Kalil, que tem todo o nosso apoio e simpatia. J� fui governador, acho que realizei bom mandato e, h� tr�s anos, me candidatei e perdi as elei��es para o governador Romeu Zema. Uma candidatura que, �quele momento, todo mundo sabe, n�o era muito o meu intuito, mas cumpri a determina��o do meu partido � �poca (PSDB). Acho que o Executivo hoje, de fato, para uma pessoa que est� com a minha experi�ncia, � bom evitar. J� passou. (Estou) ‘fechado’ com Kalil.
Na sexta-feira, houve um almo�o entre o senhor, o prefeito Kalil, Alexandre Silveira, presidente do PSD em Minas, e Agostinho Patrus, do PV, presidente da Assembleia de MG. O que foi discutido?
Me encontro com Kalil com boa frequ�ncia. Al�m de sermos correligion�rios, somos amigos antigos, de outros tempos, e bons atleticanos. Da mesma forma, com Alexandre (Silveira) e Agostinho (Patrus). Essas reuni�es ocorrem periodicamente, para discutir a conjuntura, o quadro pol�tico e o quadro nacional. Tivemos uma semana muito tensa nacionalmente. Todos viram. N�o para tratar da elei��o do ano que vem, mas discutir o panorama pol�tico, o que � muito normal. N�o foi discutido nada sobre chapa. O nome do presidente da Assembleia tem sido cogitado pela imprensa — e � do mais alto calibre para ocupar qualquer fun��o no estado, tanto no governo quanto eventualmente no Senado ou em outro espa�o. Mas isso n�o foi discutido.
O senhor enxerga a possibilidade de Agostinho Patrus ser candidato a vice na chapa de Kalil ao governo?
Isso vai ser definido de acordo com uma combina��o, adiante, das for�as pol�ticas que estiverem apoiando Kalil. Vamos discutir oportunamente, se tudo for adiante, com partidos e a sociedade, o nome que somar mais. E, � claro, dependendo da afinidade, que � importante, entre o candidato ao governo e o candidato a vice. Tive a sorte, em meu governo, de ter um vice muito afinado comigo (Alberto Pinto Coelho). Vai depender do prefeito, tamb�m, essa defini��o. Mas o nome do Agostinho � excepcional. Todos sabemos.
O governador conseguiu fechar um acordo de indeniza��o ao Estado pelo desastre de Brumadinho. S�o bilh�es de reais para obras. Isso, somado � regulariza��o do sal�rio dos servidores, pode dar for�a pol�tica e eleitoral a Zema?
Colocar o sal�rio em dia � sempre muito positivo. Quando colocamos o sal�rio em dia, salvo engano em 2004, nunca havia sido pago em dia nos 40 anos anteriores, talvez. Infelizmente, o governo que nos sucedeu passou, de novo, a partilhar os sal�rios. � uma coisa que os funcion�rios consideram como algo que j� era costume, pois assim ficou por mais de dez anos. Obras e recursos s�o muito bem-vindos, mas � bom lembrar que em 2014 t�nhamos um conjunto maior de obras realizadas — somados os 12 anos (de PSDB), muito maior do que o estado tinha visto nas �ltimas d�cadas. E, nem por isso, infelizmente, elegemos o nosso sucessor (Pimenta da Veiga). Isso, hoje, n�o � um fator t�o relevante. � importante para o estado, e sou o primeiro a aplaudir a necessidade das obras, mas acho que eleitoralmente outros fatores ser�o levados em considera��o, at� porque, com o pa�s muito radicalizado, a posi��o do candidato em rela��o ao plano federal ser� muito cobrada. V�o ser mais importantes posi��es pol�ticas que quest�es administrativas.
Kassab j� disse que Rodrigo Pacheco � o �nico plano do PSD para a corrida ao Planalto. O senhor acredita na filia��o dele? Se sim, cr� que vai topar o desafio de ser candidato?
Tor�o muito por essa filia��o. Tenho rela��o muito pr�xima com Pacheco, anterior �s elei��es. Tive a oportunidade de trabalhar para que ele fosse senador em 2018 e, em 2021, presidente do Senado. A vinda dele para o PSD seria espl�ndida para o nosso partido e para a pol�tica nacional, porque o habilita, caso queira — e ele n�o tem, e nem pode ter, defini��o — a ser um candidato forte a presidente da chamada tercerai via. Pelos predicados e qualidades que tem: serenidade, equil�brio, bom senso, conhecimento e preparo. Ele tem, pela visibilidade do cargo, resson�ncia muito grande do trabalho. H� a possibilidade, mas a decis�o caber� a ele, que tem dito publicamente que n�o � tempo de tratar do assunto. Pessoalmente, tor�o muito. � um candidato vi�vel, com boa perspectiva. Seria muito importante para o Brasil — e, especialmente para Minas Gerais — termos um candidato vi�vel e, quem sabe, presidente, para resolver os gargalos que a Uni�o nos deve.
Lula e Bolsonaro j� criticaram a ideia de uma candidatura alternativa. O senhor acredita na constru��o de uma terceira via ou pensa que esse nome pode ser definido naturalmente?
� �bvio que para os dois candidatos dos extremos o segundo turno ideal seria entre ambos. Defendo a terceira via n�o de hoje. Em 2018, apoiei de maneira veemente Geraldo Alckmin, que teria sido excepcional presidente — � moderado e convergente. No segundo turno, votei em branco. As pessoas n�o escolhem o candidato de suas cabe�as; eles s�o colocados pelos partidos. Se os partidos de centro tiverem certo desprendimento e altru�smo e fizerem essa composi��o, � poss�vel termos um ou dois candidatos, e um deles empolgar na opini�o p�blica. Acredito em Pacheco, pois j� vi esse filme acontecer. Em 2016, na elei��o para prefeito de BH, quando ele era um deputado federal com dois anos de mandato e totalmente desconhecido, sair do zero e chegar a 10% no primeiro turno, em uma campanha muito aplaudida (terminou em terceiro). Por causa disso, se cacifou para ser pr�-candidato ao governo e depois candidato ao Senado. Quando as pessoas o conhecerem melhor, come�arem os debates e ele se posicionar, caso queira ser presidente, vai ter um desempenho muito acima dos demais. O Brasil, me parece, est� ansiando por uma pacifica��o; por um candidato de centro, equilibrado, que termine com esse radicalismo. E, como disse Gilberto Kassab, esse candidato indo ao segundo turno, contra ‘A’ ou ‘B’, est� com a elei��o certa.
"Estamos gastando energia imensa com o voto impresso sabendo que, para 2022, � inexequ�vel"
Nas sess�es da CPI da COVID, � poss�vel ver muitos senadores que n�o s�o titulares ou suplentes da comiss�o participando das inquiri��es. Por que o senhor opta por n�o comparecer �s sess�es para fazer perguntas aos depoentes?
Durante seis anos e meio de Senado, s� participei de uma CPI: a de Brumadinho, pela rela��o com Minas. Confesso achar, como professor de direito p�blico, que as CPIs passaram a ter papel um pouco esgar�ado nos �ltimos 20 anos no Brasil. Tenho por h�bito n�o assinar CPIs e n�o participar. Apoio quem participa e n�o me coloco contra; cada qual tem o seu perfil de atua��o. Minha atua��o no Senado tem natureza muito t�cnica em termos de projetos de lei e relatorias — sou o relator do maior n�mero de projetos, com proposi��es de natureza muito t�cnica j� aprovadas, para resolver problemas e assuntos mais complexos. S�o 81 senadores. Cada um tem uma especialidade. J� temos os colegas com gosto, estilo e predile��o para participar das CPIs. Sou mais contido e de converg�ncia. A CPI, especialmente esta, � um local de extrema efervesc�ncia. Como j� temos parlamentares suficientes para defender as duas teses, acompanho. Vamos ver se da CPI vir�o projetos de lei. A�, vou participar. Se for mat�ria penal, � da al�ada do Minist�rio P�blico.
Bolsonaro tem dado recorrentes declara��es atacando integrantes do Judici�rio e colocando em xeque, sem provas, a lisura do sistema eleitoral brasileiro. As institui��es democr�ticas correm risco de ruptura?
Confio integralmente na Justi�a Eleitoral e nas urnas eletr�nicas. J� ganhei e j� perdi elei��o; nunca duvidei delas, um imenso avan�o ao que t�nhamos no Brasil. Bolsonaro tem um estilo pr�prio, que o elegeu. Quem votou nele, votou conhecendo esse estilo verbal e a personalidade forte que ele tem. As institui��es s�o s�lidas e continuo acreditando nelas. N�o vejo riscos � institui��o democr�tica, mas � um ambiente de radicaliza��o que n�o gosto. Tem gente que gosta. Cada um tem seu estilo. N�o gosto desse ambiente de brigas. Estamos gastando energia imensa com o voto impresso sabendo que, para 2022, isso � inexequ�vel. � um tema que conhe�o bem: n�o h� como licitar uma solu��o tecnol�gica a tempo.
O que vai acontecer com o voto impresso? A ideia ser� rejeitada pelo Parlamento?
N�o posso responder pela C�mara, mas no ambiente do Senado, acho que dificilmente seria aprovada qualquer tipo de altera��o. Nem mesmo essa altera��o que a C�mara pretende, de voto de distrit�o ou de mudan�a nas coliga��es, passa no Senado.
Desde a reuni�o que selou o apoio do PSD a Rodrigo Pacheco na elei��o interna do Congresso, a especula��o de que o senhor pode ser indicado ao TCU passou a ecoar com mais for�a. Essa possibilidade � fact�vel? O senhor trabalha com a hip�tese de ir ao Tribunal de Contas, ainda que em 2023?
Surgiu essa conversa �quela �poca, com a possibilidade de uma vaga que n�o existe. Sou muito realista: se n�o h� vaga, n�o h� o que discutir. Meu nome � muito citado, talvez por meu perfil mais t�cnico. Sou professor de direito administrativo e fui governador. O perfil ‘casa’ bem, mas n�o h� vaga. � uma honra ser lembrado, mas n�o havendo vaga, me dedico aos assuntos do mandato. N�o h� vaga e n�o haver�.
O que o Senado pode fazer para sinalizar aos brasileiros que teremos elei��es em 2022 — e que o resultado das urnas ser� respeitado?
A n�o ser uma quest�o ret�rica, n�o h� nenhum ato concreto contr�rio �s elei��es do ano que vem, e nem pode haver. O presidente (Arhur) Lira (PP-AL), que tem proximidade com Bolsonaro, j� manifestou claramente que as elei��es ocorrer�o. Pacheco deu forte declara��o na semana passada no mesmo sentido. Os presidentes das duas Casas coordenam parlamentares de v�rias linhas partid�rias e ideol�gicas. Eles t�m dificuldade, como qualquer um no lugar deles, de ter posi��o muito espec�fica do ponto de vista ret�rico. Se houver algum fato concreto que demonstre que est� havendo algum risco � Constitui��o, �s institui��es ou � lisura das elei��es, evidentemente haver� rea��o muito forte.
Como o senhor avalia as chances de Kalil em eventual disputa com Romeu Zema?
Avalio (as chances) como muito boas. N�o h� d�vida de que o governador em exerc�cio sempre tem um handicap. � natural, pelo conhecimento no estado. Enquanto o prefeito tem conhecimento maior na capital e na Regi�o Metropolitana. No passado, para um candidato ser conhecido, levava-se meses; se n�o mais de ano. Hoje, com as redes sociais e a intensidade da propaganda, ficou muito mais r�pido. A possibilidade de o prefeito Kalil crescer no conhecimento (� consider�vel). Ele faz uma boa administra��o, o que vai sendo transmitido, al�m de ter vantagem pela forma direta e popular de comunica��o com as pessoas, acrescida de sensibilidade social. � uma pessoa humana, com interesse muito grande pelo cuidado com as pessoas. Esse diferencial vai ser muito importante na campanha que teremos.
O senhor enxerga o governador Zema muito alinhado ao presidente Bolsonaro?
Assim tenho visto. Na campanha que ele ganhou de mim, abandonou o candidato de seu partido (Jo�o Amo�do) e, no primeiro turno, declarou apoio a Bolsonaro. Acompanhei durante esses anos, e h� forte alinhamento. N�o sei como est� a situa��o (agora). Tenho muito respeito pelo governador — e bom relacionamento pessoal. Mas temos, muitas vezes, opini�es pol�ticas discordantes, o que � pr�prio da democracia. Vejo, nos �ltimos anos, alinhamento entre os governos estadual e federal.
A ideia de emplacar Pacheco � tentativa do PSD de, nas palavras de Kassab, oferecer alternativa � polariza��o. Paralelamente, baseados em estrat�gia similar, outros partidos podem lan�ar candidatos, como Eduardo Leite e Luiz Henrique Mandetta. N�o h� risco de pulveriza��o dos votos?
O risco existe. Por isso, defendo de maneira veemente que os partidos tenham, no ano que vem, o sentimento de perceber que a situa��o pode ser grave e que dependemos de altru�smo e desprendimento para termos redu��o no n�mero de partidos (com candidatura pr�pria). Neste momento, todas as pe�as est�o � mesa. Vamos ver qual vai sobreviver. S�o poss�veis acordos, identifica��o de perfil e pesquisas qualitativas. Os partidos percebem que, para 2022, diante do quadro de exalta��o que temos, pode ser necess�rio algum sacrif�cio de interesses imediatos, leg�timos — partid�rios e pol�ticos —, que sejam postergados por quatro anos. N�o h� nenhum problema. Com o compromisso de n�o reelei��o, se for o caso.
Al�m das poss�veis candidaturas de partidos como PSDB, DEM e PSD, Ciro Gomes, do PDT, mesmo estando na centro-esquerda, tenta ser uma terceira via. As legendas de centro podem abdicar de palanque pr�prio para compor com ele?
O grande dono de um instituto de pesquisa me disse recentemente que essa � uma tese palat�vel. Mas Ciro Gomes, com quem tenho um relacionamento pessoal muito bom, e nele reconhe�o atributos intelectuais raros no mundo pol�tico, tem uma resist�ncia de alguns segmentos, at� por algumas posi��es econ�micas que tem. Ele teria, talvez, um pouco mais de dificuldade de avan�ar. Mas, se porventura, for identificado como um candidato vi�vel por essas for�as partid�rias — e ele � um dos poucos nomes colocados — � uma hip�tese que n�o pode ser desconsiderada.
O pa�s vive crise sanit�ria sem precedentes, a fome cresce de forma alarmante, o desemprego tem aumentado e n�mero de pessoas sem teto vem a reboque. Mesmo ante esse quadro, o voto impresso � pauta priorit�ria para a base de Bolsonaro no Legislativo. Debater essa quest�o em meio �s dificuldades enfrentadas pelos brasileiros n�o soa como prioriza��o injusta?
N�o podemos censurar discuss�es pol�ticas que fazem parte do dia a dia do Parlamento. O Parlamento tem todo o direito de discutir, e mat�ria eleitoral � compet�ncia nossa. O Congresso brasileiro foi o primeiro do mundo a criar sistema remoto, e o Senado foi o primeiro do mundo a funcionar assim. N�o parou um dia sequer. Votamos diversos projetos de natureza social, inclusive o aux�lio emergencial, que n�o � oriundo do Executivo, mas do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), o aux�lio aos estados, que decorreu de projeto de minha autoria, aux�lio a pequenas empresas e medidas provis�rias do governo de aux�lio a setores espec�ficos. H� ativismo positivo do Congresso em mat�ria social, at� muito expressivo.
Houve omiss�o do governo federal ante a pandemia?
Observamos uma completa descoordena��o das a��es de governo em rela��o � pandemia. Infelizmente, os (mais de) 550 mil mortos, uma trag�dia, decorre muito da absoluta falta de coordena��o. Quem � respons�vel pela descoordena��o? Vamos ter que identificar. Apresentei, no in�cio da pandemia, projeto de lei regulamentando o trecho da Constitui��o que trata dessa coordena��o. O projeto se transformou em aux�lio financeiro a estados e munic�pios; s� para MG, foram R$ 13 bilh�es. Reapresentei o projeto, com natureza t�cnica, mas infelizmente ainda n�o foi votado. A CPI est� apurando quest�es de natureza contratual. N�o quero dar opini�o pois n�o conhe�o.
O senhor acredita na aprova��o das reformas tribut�ria e administrativa ainda neste ano? Elas s�o a chave para a retomada econ�mica?
Ambas s�o muito necess�rias. A reforma tribut�ria deveria ter sido feita no in�cio do mandato, quando o governo tem mais for�a, e dentro de um norte determinado pelo Executivo. Isso n�o aconteceu: o Executivo, a cada hora, sinalizava uma prioridade. Ora era a CPMF, ora o imposto de renda, ora as contribui��es. Isso levou a uma instabilidade muito grande. Ningu�m est� acreditando em reforma tribut�ria a despeito da import�ncia. A reforma administrativa, apesar de tamb�m ser complexa, � mais f�cil. J� h� um certo norte. N�o a proposta do governo, que tecnicamente � muito ruim, mas a que ser� apresentada pelo relator na C�mara, Arthur Maia (DEM-BA), que vai melhorar a reforma. � imprescind�vel para melhorarmos o servi�o p�blico no Brasil. Tenho esperan�a de que possa ser aprovada nas casas ainda neste ano. Quanto � tribut�ria, acho mais dif�cil.
O senhor j� tem ideias engatilhadas para eventual segundo mandato no Senado?
Temos tr�s assuntos muito sens�veis aos mineiros: a duplica��o da BR-381, o metr� de BH e o Anel Rodovi�rio. S�o tr�s compromissos de responsabilidade do governo federal. Temos de cobrar enfaticamente. Conseguimos, no Senado, introduzir o Leste de Minas na Sudene. O presidente, inexplicavelmente, vetou. Muito ruim para o estado, que n�o tem, hoje, um ministro de Estado. Temos uma posi��o que n�o � boa no plano federal, e precisamos reverter. A elei��o de Rodrigo Pacheco, depois de 50 anos sem um mineiro na presid�ncia do Senado, foi uma demonstra��o de for�a. Para futuros oito anos, caso me candidate e seja reeleito, � o esfor�o para que o governo federal confirme esses compromissos. Algumas das ‘caveiras’ foram enterradas: fui o relator do acordo da Lei Kandir, uma “novela”. N�o foi um acordo bom, mas foi algo que, pelo menos, fizeram. Existem pend�ncias importantes, como o marco ferrovi�rio, que para MG � muito relevante.