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Estado de Minas POL�TICA

Esquerda e direita resistem a ato unificado


13/09/2021 08:01

Partidos e movimentos de esquerda, centro e direita voltam a dialogar nos pr�ximos dias na tentativa de unificar as agendas de protestos contra o governo Jair Bolsonaro. A ideia � promover uma manifesta��o conjunta em 15 de novembro, data que marca a proclama��o da Rep�blica.

Mas a cria��o de uma frente ampla e diversa em defesa do impeachment parece distante no horizonte. L�deres da campanha nacional Fora Bolsonaro, que iniciou as manifesta��es presenciais em 29 de maio, criticaram o "fracasso" de p�blico nos atos de ontem, capitaneados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua (VPR) e Livres, que atuaram diretamente na mobiliza��o pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

"O fracasso das mobiliza��es deste domingo demonstra que quem quiser realmente o impeachment de Bolsonaro ter� de sentar para conversar com a esquerda", afirmou ao Estad�o o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. "Somos os �nicos com capacidade de mobiliza��o al�m do bolsonarismo. Estamos abertos a construir iniciativas com qualquer um que esteja contra Bolsonaro, mas sem adesismo."

No evento deste domingo, 12, na Avenida Paulista, os presidenci�veis Jo�o Doria (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Alessandro Vieira (Cidadania) defenderam uma aproxima��o entre os lados antag�nicos do espectro pol�tico e fizeram compara��es sobre a mobiliza��o atual com o movimento das Diretas J�, na redemocratiza��o.

A agenda unificada ser� discutida em uma reuni�o, nesta quarta-feira, com representantes de 9 partidos de oposi��o em Bras�lia. Pelo desenho inicial, siglas e grupos � esquerda planejam fazer uma manifesta��o nacional mais ampla que as anteriores em 2 de outubro. Conduzem a prepara��o desse protesto PT, PSOL, PSB, PDT, PCdoB, Cidadania, Solidariedade, UP e Rede.

Para o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e um dos l�deres da campanha nacional Fora Bolsonaro Raimundo Bonfim, Doria, Mandetta, Ciro e Tebet "partidarizaram" o ato na Paulista, algo que, segundo ele, o ex-presidente Lula n�o teria feito. "Esse ato foi constru�do com o objetivo de isolar (a esquerda). O MBL n�o tem legitimidade para ser porta- voz de um movimento como as Diretas J�", disse Bonfim.

Do lado da direita, tamb�m h� resist�ncias � uni�o. O mote "nem Lula, nem Bolsonaro" n�o foi aposentado, como chegou a ser anunciado pelos organizadores. Para o deputado estadual Arthur do Val, o "Mam�e Falei", do MBL, n�o existe interesse em uma composi��o com o PT: "Nem da parte deles, nem da nossa".

O deputado estadual Jos� Am�rico (PT), membro da Executiva Nacional do PT, avalia como "positiva" a manifesta��o deste domingo. Mas diz que � preciso certa "maturidade" de alguns dos movimentos que estiveram na Avenida Paulista antes de o partido do presidente Lula se juntar as fileiras.

"Esta � uma primeira tentativa de unificar os movimentos", afirmou Magno Karl, diretor do Livres. Ele disse que conta com a ades�o de outras organiza��es para que o movimento cres�a, incluindo siglas de esquerda como o PT. "Espero que isso aconte�a, mas respeito a estrat�gia eleitoral diferente".
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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