Tr�s dias ap�s a Federa��o das Ind�strias dos Estado de S�o Paulo (Fiesp) lan�ar o manifesto "A Pra�a � dos Tr�s Poderes", o presidente da entidade, Paulo Skaf, elogiou nesta segunda-feira, 13, em entrevista � R�dio Eldorado a atitude do presidente Jair Bolsonaro de publicar uma nota na qual recuou do tom adotado nos discursos do 7 de Setembro em rela��o ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"A palavra recuo fica parecendo uma cr�tica. Quando se quer paz, n�o pode haver vencido e vencedores. A posi��o do presidente Bolsonaro foi de dar um novo tom. Ele demonstrou desprendimento pessoal. A atitude dele s� merece elogios".
O manifesto da Fiesp que cobra a harmonia entre os Poderes n�o cita o nome do presidente e afirma que a mensagem "n�o se dirige a nenhum dos Poderes especificamente". O dirigente empresarial admitiu que conversou com o presidente da C�mara, Arthur Lira (Progressistas-AL) antes de divulgar o texto, mas negou que decis�o de adiar a publica��o tenha sido a feita a pedido do parlamentar ou do Governo Federal.
"Houve muita especula��o em rela��o ao momento da divulga��o do manifesto da Fiesp. Teve muita lenda. N�o houve interfer�ncia do Pal�cio do Planalto. Eu falo com certa frequ�ncia com o presidente da C�mara e com pessoas que comp�em o Poder Executivo. Cheguei a falar naquela semana com o Arthur Lira. Eu comuniquei que seria mais oportuno publicar depois do dia 7", afirmou o empres�rio.
O manifesto da Fiesp causou um racha na Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban), que desistiu de assinar o documento por press�o da Caixa e do Banco do Brasil. Segundo Skaf, a Febraban seria apenas mais uma signat�ria entre as 247 que apoiaram a iniciativa. "Foi uma quest�o interna deles. A confus�o que houve na Febraban acabou politizando um pouco o nosso manifesto. Foi mais uma raz�o que me levou a deixar mais para adiante", afirmou o presidente da Fiesp.
Aliado do presidente Bolsonaro, Skaf tem evitado manifesta��es p�blicas e atua nos bastidores como um interlocutor entre o empresariado e o Pal�cio do Planalto. Ao ser questionado sobre o impacto das amea�as golpistas de Bolsonaro na economia, o dirigente minimizou. "Ou gente aceita essa retrata��o, ou vamos voltar na confus�o".
Skaf tamb�m comentou a diferen�a de tratamento da Fiesp em rela��o a ex-presidente Dilma Rousseff, que foi alvo de uma campanha pelo impeachment, e Bolsonaro. "O governo Dilma era outro momento. A gente notou que a cabe�a teimosa da Dilma e a vis�o errada dela iam levar o Brasil para o abismo. A Fiesp n�o est� interessada em movimentos pol�ticos, mas vimos que n�o tinha jeito. Dilma tinha a caracter�stica de ser dona da verdade e teimosa demais. Passou a ser o grande problema, bem diferente do presidente Bolsonaro, que respeita a equipe econ�mica", disse.
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