Deputados do Centr�o tentam incluir novamente a quarentena de cinco anos para ju�zes e membros do Minist�rio P�blico no texto do novo C�digo Eleitoral. Uma emenda sugerindo a volta da regra foi apresentada nesta ter�a-feira, 14, pelo deputado Cac� Le�o (PP-BA), l�der do partido do presidente da C�mara Arthur Lira (PP-AL). A vota��o dos destaques (propostas de modifica��o) ao texto foi adiada para amanh�.
A proposta de quarentena eleitoral foi derrubada por apenas tr�s votos na semana passada. Inicialmente, a exig�ncia seria imposta n�o apenas magistrados, mas tamb�m a policiais, guardas municipais e militares que quisessem abandonar as carreiras para disputar elei��es. A estrat�gia para tentar resgatar a regra � deixar de fora os agentes das For�as de Seguran�a, o que aumenta as chances de apoio junto � bancada da bala. A amplia��o da quarentena � uma demanda de partidos para evitar o uso pol�tico do Estado.
A investida passa por uma emenda aglutinativa que vai unir destaques do PSDB e do Solidariedade. De acordo com o texto, �ficam ineleg�veis, nas elei��es federais, estaduais e municipais, os magistrados ou membros do Minist�rio P�blico que n�o tenham se afastado definitivamente de seus cargos e fun��es at� 5 (cinco) anos anteriores ao pleito�.
O
Estad�o
apurou que a deputada Renata Abreu (Podemos-SP) j� preparou uma quest�o de ordem para barrar a investida. O argumento � o de que a estrat�gia viola o regimento interno da Casa Legislativa por envolver uma proposta j� votada e por reunir destaques que, segundo ela, n�o est�o diretamente relacionados.
A proposta coloca em xeque o desejo de adeptos e apoiadores de S�rgio Moro, ex-juiz da Lava Jato, que defendem seu nome na corrida ao Planalto em 2022. O pr�prio Moro nunca disse que pretende se candidatar � sucess�o de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele deixou a 13� Vara Federal Criminal de Curitiba em 2018, quando aceitou o convite do presidente para comandar o Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, e pediu demiss�o da pasta no ano passado acusando tentativa de interfer�ncia pol�tica do chefe do Executivo na Pol�cia Federal.
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