Bolsonaro agora admite que corrup��o n�o acabou no seu governo: 'diminuiu muito'

Com o governo bombardeado por den�ncias de irregularidades, envolvendo, principalmente, as compras de vacinas contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta segunda-feira (27) que a corrup��o n�o foi eliminada no seu governo. Durante evento da Caixa Econ�mica Federal para dar in�cio � programa��o para lembrar os mil dias de mandato, o chefe do Executivo disse que a corrup��o "diminuiu muito" desde que tomou posse.

A declara��o destoa do que afirmou o pr�prio Bolsonaro na 76� Assembleia-Geral das Na��es Unidas (ONU), na �ltima ter�a-feira. Na ocasi�o, acompanhada por todo o mundo, o chefe do Executivo chegou a dizer que o Brasil estava h� dois anos e oito meses "sem qualquer caso concreto de corrup��o".

"Quando se fala em mil dias sem corrup��o... Eliminou-se a corrup��o? Obviamente que n�o. Podem acontecer problemas em alguns minist�rios? Podem, mas n�o ser� da vontade nossa. N�s vamos buscar maneiras de, obviamente, apurar o caso e tomar provid�ncias cab�veis com outros poderes sobre aquele poss�vel ato irregular. Mas diminuiu muito a corrup��o no Brasil, muito", declarou Bolsonaro, em seu discurso.

"As press�es no passado eram enormes, em governos anteriores. Hoje existem press�es? Existem, mas bem menores", acrescentou, dizendo, ainda, em tom positivo que h� hoje um minist�rio "cada vez mais casando com o Legislativo". O presidente n�o esclareceu, contudo, se estaria falando de uma pasta espec�fica ou de todo o seu minist�rio, e tamb�m ignorou as dificuldades do Executivo na articula��o com o Congresso.

A bandeira do combate � corrup��o foi um dos pilares da campanha do atual presidente na elei��o de 2018 - chamada hoje por ele de "completamente at�pica". "N�o vai acontecer nos pr�ximos 100 anos de forma igual", disse Bolsonaro, sem explicar exatamente a qual especificidade se referia. "Estamos acompanhando j� os debates antecipados para 2022. Eu sou o melhor? N�o. Aqui mesmo, tem dezenas pessoas melhores do que eu, mas quis o destino que ca�sse o governo, a Presid�ncia ficasse comigo, superando a facada. Uma elei��o completamente at�pica", acrescentou.

Durante o evento, Bolsonaro ainda fez elogios ao presidente da Caixa, Pedro Guimar�es, citando especificamente o aux�lio emergencial e os programas de cr�dito do banco p�blico, e ao ministro da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, respons�vel pelas inaugura��es de obras. A busca de uma "agenda positiva" vislumbra as elei��es de 2022.