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Estado de Minas POL�TICA

Funcion�rios da EBC relatam censura sobre a pandemia


28/09/2021 08:31

Um dossi� encaminhado � CPI da Covid acusa a dire��o da Empresa Brasil de Comunica��o (EBC) de censurar informa��es de interesse p�blico sobre a pandemia de covid-19. O documento de 119 p�ginas, incluindo anexos, lista epis�dios nos quais teria ocorrido interfer�ncia ilegal no trabalho dos profissionais. Algumas vezes, essas a��es ajudaram a refor�ar discursos negacionistas. O material foi enviado por servidores p�blicos ao relator da comiss�o, senador Renan Calheiros (MDB-AL). A iniciativa foi noticiada pelo portal Metr�poles e confirmada pelo Estad�o .

"A Empresa Brasil de Comunica��o est� sendo usada pelo atual governo federal para disseminar e refor�ar narrativas negacionistas e governistas sobre a pandemia, que certamente prejudicaram o combate ao v�rus da covid-19", diz o documento, que tem por t�tulo "O uso indevido dos meios p�blicos de comunica��o da EBC para difus�o de fake news e negacionismo sobre a pandemia de covid-19". "Os ve�culos p�blicos da EBC deveriam, neste momento, cumprir sua miss�o de levar informa��o de qualidade � popula��o, al�m de combater fake news, para promover a sa�de e preservar vidas."

Renan vai incluir informa��es do dossi� no relat�rio final da CPI, segundo a assessoria do senador. A atua��o da estatal na pandemia far� parte do cap�tulo que tratar� da desinforma��o institucional - ser�o listadas condutas de �rg�os p�blicos que divulgaram fake news sobre a covid-19. S�o citados no dossi� dados de entidades sindicais e da Frente de Defesa da EBC e da Comunica��o P�blica. "Fica evidente o uso do aparato p�blico de comunica��o pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para difus�o de fake news e desinforma��o sobre a grav�ssima situa��o da covid-19 em nosso pa�s", diz o texto.

Em 2020, durante algum tempo, segundo a den�ncia, os profissionais de comunica��o da EBC n�o podiam falar na "segunda onda" da pandemia. Essa ordem prevaleceu mesmo quando cientistas j� alertavam que uma nova s�rie de infec��es viria. Outra determina��o foi que fosse enfatizado o "Placar da Vida", cria��o da Secretaria de Comunica��o para enfatizar o n�mero de infectados que se recuperavam. N�o deveria haver destaque para as mortes, afirmam os autores da den�ncia.

"As equipes das redes sociais da EBC foram proibidas de postar qualquer assunto que tenha vi�s negativo sobre a pandemia, mesmo aqueles produzidos pela pr�pria casa, como Ag�ncia Brasil", afirma o texto. A pr�pria CPI da Covid, segundo a den�ncia, foi alvo de proibi��es da dire��o da empresa. "Na CPI da Pandemia, os rep�rteres do radiojornalismo do turno da tarde foram proibidos de cobrir os trabalhos", diz o texto.

Os denunciantes tamb�m apontam que profissionais da empresa s�o proibidos de "citar a pol�mica em torno da efic�cia da cloroquina em reportagens". O medicamento, de acordo com pesquisas ineficaz contra o coronav�rus, � defendido pelo presidente. Segundo o texto, houve censura a "estudo que atestava a inefic�cia" da droga.

"Foi censurado na reportagem do radiojornalismo o posicionamento do presidente da Anvisa (Antonio Barra Torres) na CPI, que disse que se arrependeu de ter participado de aglomera��o", prossegue a den�ncia. "O rep�rter hoje est� sofrendo um processo administrativo por se recusar a gravar o trecho censurado."

O dossi� tamb�m denuncia proibi��o de postar nas redes sociais da EBC a foto da primeira pessoa vacinada no Brasil, em S�o Paulo, por ter sido "iniciativa do governador Jo�o Doria" (PSDB). Segundo a den�ncia, quando o ex-ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta dep�s na CPI, "as reportagens da Ag�ncia Brasil e da TV Brasil n�o mostraram os questionamentos feitos por ele". Tamb�m n�o foi dado destaque � crise do oxig�nio em Manaus. Houve, afirmam, censura "at� das pr�prias declara��es do presidente Jair Bolsonaro, numa l�gica de proteger o presidente dele mesmo. Um exemplo foi o 'e da�?' ao se referir aos primeiros 5 mil mortos pela covid-19".

O Estad�o procurou a EBC, para que a dire��o da empresa se pronunciasse sobre o dossi�. At� a conclus�o desta edi��o, n�o houve resposta.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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