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Estado de Minas ENTREVISTA

Joice Hasselmann: 'Pouco prov�vel que Bolsonaro aumente sua popularidade'

Parlamentar, ex-aliada de primeira hora de Bolsonaro, tamb�m questionou a conclus�o da investiga��o de sua queda dentro de casa


28/09/2021 16:10

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(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)
Ex-bolsonarista ferrenha, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) avalia que o governo de Jair Bolsonaro chega aos 1.000 dias repleto de problemas que dificilmente ser�o debelados at� o final do mandato. Em entrevista, ontem, ao CB.Poder - uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Bras�lia -, nem mesmo o fato de o presidente da Rep�blica estar mais "calmo" ajudar� nessa virada do quadro econ�mico. A parlamentar tamb�m acredita que h� espa�o para um candidato de terceira via e acredita que o mais forte entre os ventilados at� agora � Jo�o Doria. Ali�s, para Joice, isso se confirma pelo fato de o governador de S�o Paulo ser permanentemente atacado por Bolsonaro. Confira os principais pontos da entrevista.

Depois das provoca��es graves no 7 de Setembro, que Bolsonaro fez ao ministro Alexandre de Moraes, percebe-se que est� muito mais calmo, apesar das bobagens ditas no discurso na ONU (Organiza��o das Na��es Unidas). N�o tem atacado com tanta voracidade o que considera seus desafetos, ou as institui��es, porque viu que passou muito do limite. Acho pouco prov�vel que Bolsonaro aumente sua popularidade. Por uma quest�o simples: infla��o galopante, que vai crescer; aumento da Selic (taxa b�sica de juros), o que significa cr�dito mais caro e menos empr�stimo; as fam�lias est�o mais endividadas; as quase 600 mil mortes pela COVID-19; e a quest�o do desemprego.

Colocando tudo isso numa cesta, s�o muitos fatores negativos em torno de um presidente com 1.000 dias de governo. Quando se compara a popularidade dele a de outros ex-presidentes, est� em um n�vel menor que o do Fernando Collor. E tem o gueto das redes sociais, onde existe uma trapa�a por meio do gabinete do �dio. Esse grupo vai ficar sempre ali, n�o importa o que Bolsonaro fa�a. N�o vejo possibilidade de a popularidade dele crescer.

A senhora acredita no lan�amento de uma terceira via para disputar o Planalto em 2022?
Muito. N�s, jornalistas, somos ansiosos em rela��o �s elei��es. Mas, para o cidad�o, a preocupa��o come�a no in�cio do ano que vem, quando come�a a olhar o card�pio de candidatos. Em pol�tica, tudo pode acontecer. Realmente, acredito na terceira via. Mas, claro que os partidos precisam se entender.

Quem a senhora v� de forma promissora para terceira via?
Jo�o Doria (governador de S�o Paulo). E Bolsonaro tamb�m acha. N�o fosse isso, n�o seria Doria o alvo de ataque favorito do presidente. Doria assombra Jair Bolsonaro.

Existe um movimento de fus�o do PSL, seu partido, com o Democratas. Como avalia isso?
Com preocupa��o. J� entrei com pedido para sair do meu partido - quando, numa jogada pol�tica imoral, entregou o cora��o da legenda de volta ao bolsonarismo radical. O DEM foi sendo esvaziado, tamb�m numa briga boba que ocorreu com o PSDB, na retirada de Rodrigo Garcia, do DEM, para candidatura ao governo de S�o Paulo. N�o precisava acontecer. Assim, o Democratas foi ficando pequeno. Antes, era um partido que comandava a presid�ncia da C�mara, do Senado e com possibilidade de filia��o do vice-governador de S�o Paulo a ele. Para o partido, foi um movimento de sobreviv�ncia pol�tica. Ao mesmo tempo, tem uma cabe�a pensante, que � o ACM Neto (presidente do DEM), que de maneira nenhuma deve ser desprezada.

A senhora dep�s na CPI da Fake News e se disse v�tima do "gabinete do �dio". At� onde essa gente pode ir?
Comprovei a exist�ncia do gabinete do �dio enquanto estava depondo. Fiz uma investiga��o e fui muito atacada. Ali�s, adoram atacar mulheres; as mulheres s�o o alvo preferencial deles. Agora, por que a CPI n�o andou? O famoso efeito emenda. Se olharmos quantos senadores receberam de emendas extras, vamos entender por que a CPI parou.

E o epis�dio que envolveu a senhora recentemente: foi agress�o ou acidente?
Para mim, a conclus�o da investiga��o, de queda, foi uma surpresa. Mas uma surpresa explic�vel. N�o temos (nos apartamentos funcionais) imagens. Existem v�rios pontos cegos dentro do pr�dio e n�o h� c�meras de seguran�a nas escadas ou corredores. A pol�cia n�o tinha informa��o nenhuma e, por causa disso, houve a constata��o de queda. Particularmente, sei que n�o foi uma queda. Mas, n�o podemos criar provas. A pol�cia fez seu trabalho e chegou aonde podia chegar.

*Estagi�rio sob a supervis�o de Fabio Grecchi


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