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Estado de Minas SISTEMA ELEITORAL

Mineiro integra time de investigadores dos c�digos-fonte da urna eletr�nica

O Teste P�blico de Seguran�a (TPS) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chega em novembro, mas as inspe��es dos c�digos-fonte j� come�aram


15/10/2021 22:20 - atualizado 15/10/2021 22:58

 
Homem de máscara e camisa preta é fotografado
O juiz-forano Kennedy Vasconcelos Junior, de 29 anos, foi um dos 39 pr�-selecionados para sexta edi��o do evento (foto: Antonio Augusto/TSE)
A sexta edi��o do Teste P�blico de Seguran�a (TPS) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chega em novembro. No entanto, antes disso, 39 investigadores foram pr�-selecionados para inspecionar os c�digos-fonte das urnas eletr�nicas, e um deles � o juiz-forano Kennedy Vasconcelos Junior, de 29 anos, que conversou com a reportagem do Estado de Minas nesta sexta-feira (15/10) e relatou suas experi�ncias desde que chegou a Bras�lia, na segunda-feira (11/10), na sede do TSE.
 
“Essa iniciativa abra�a as pessoas que t�m interesse em entender como funciona o processo por dentro. Eles desmontam as urnas, mostram como os sistemas s�o integrados e onde s�o as salas de contagem de votos e as salas da presid�ncia. Como cidad�o, est� sendo uma experi�ncia �nica que vou guardar para sempre”, inicia Kennedy, que, em Juiz de Fora, integra a Mesa Diretora da Uni�o de Negros pela Igualdade (Unegro-MG).
 
Nesse sentido, conforme corrobora o TSE, “os participantes poder�o analisar o conjunto de arquivos de texto, em linguagem de programa��o, que cont�m todas as instru��es que devem ser executadas para colher, armazenar, contabilizar, transmitir e totalizar os votos das Elei��es Gerais de 2022”.
 
Al�m de Kennedy, enquanto membro da sociedade civil, o perfil dos pr�-selecionados � bem variado, conforme explica Rodrigo Coimbra, chefe da Se��o de Voto Informatizado do TSE.
 
“Nesta edi��o, houve maior interesse de pessoas de fora da �rea de TI. Dez bachar�is em direito se inscreveram, al�m de especialistas em auditoria. O TSE n�o limita a participa��o a especialistas em tecnologia. Estamos passando por um ano em que o debate sobre a seguran�a do processo eleitoral atingiu todos os p�blicos. Ent�o, � natural que tenhamos pessoas de outras �reas do conhecimento querendo entender como funciona o processo e, assim, contribuir de alguma forma”, explica Rodrigo por meio da assessoria do Tribunal.
 
Embora realizado desde 2009, o TPS ganha uma nova perspectiva em 2021. Ap�s 25 anos da estreia das urnas eletr�nicas nas elei��es brasileiras, a desconfian�a sobre o sistema eleitoral – inflada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – tomou conta de parte da popula��o.
 
Nesse aspecto, o lema “voto impresso e audit�vel” engrossou a lista dos jarg�es bolsonaristas e virou pauta recorrente nos protestos pr�-governo. Como desdobramento, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) prop�s a ado��o do voto impresso . A medida, no entanto, naufragou na C�mara dos Deputados, quando, em agosto, foi rejeitada.
 
� �poca, para que o texto fosse aprovado e encaminhado ao Senado Federal, 308 tinham que aderir ao projeto. Dos 53 deputados de Minas Gerais, 26 votaram “sim” e 18 “n�o”.
 
Durante a entrevista, Kennedy disse que, at� dia 25, pretende submeter um "plano de ataque" com o objetivo de participar do TPS ( entenda mais abaixo como funciona todo o processo ). Mas, por ora, ele entregou � organiza��o uma proposta de melhoria para o sistema eleitoral que prev� a utiliza��o da tecnologia blockchain.
 
“Durante as demonstra��es dos t�cnicos do TSE, eu observei que a log�stica e seguran�a s�o levadas muito a s�rio. Mas, ao mesmo tempo, veio � tona recentemente um sentimento de muita inseguran�a em rela��o � confiabilidade das urnas. Minha ideia foi no sentido de aperfei�oar os processos de seguran�a”, conta Kennedy.
 
“Ent�o, eu sugeri que a tratativa de dados, assim como o transporte deles, sejam feitos por meio da tecnologia blockchain, a mesma usada nas criptomoedas, que transforma a valida��o dos dados em blocos audit�veis e de f�cil ‘minera��o’”.
 
A tecnologia blockchain – ou cadeia de blocos – proposta por Kennedy consiste no armazenamento de dados em v�rios pontos da rede de forma criptografada. � como se fosse uma esp�cie de livro-caixa que n�o revela o nome dos interlocutores e, portanto, garante mais seguran�a e privacidade ao processo.
 
Teste P�blico de Seguran�a (TPS): as etapas
 
Essa fase inicial – a inspe��o dos c�digos-fonte – acontece at� sexta-feira (22/10) e tem como ess�ncia a proposta de esmiu�ar o sistema eletr�nico de vota��o em busca de vulnerabilidades. Pela primeira vez, os investigadores que moram fora de Bras�lia tiveram passagens e di�rias custeadas pelo TSE.
 
Nessa fase, os investigadores t�m a oportunidade de ver a codifica��o dos sistemas para subsidiar a posterior elabora��o de planos de ataque ao sistema eleitoral – que dever�o ser executados durante o TPS entre os dias 22 e 26 de novembro.
 
Logo, a participa��o (ou n�o) no pr�ximo m�s dos pr�-inscritos est� condicionada ao envio de um formul�rio intitulado Plano de Teste, conforme especifica��es do edital, at� o dia 25 deste m�s. A publica��o das inscri��es aprovadas ocorrer� no dia seguinte. Ap�s a fase de interposi��o de recursos, a lista final de aprovados para integrar o TPS sair� no dia 9 de novembro.
 
Durante os testes, os selecionados – especialistas e n�o especialistas de fora da Justi�a Eleitoral – executam, enfim, os planos de ataque para tentar quebrar as camadas de seguran�a do voto eletr�nico. As vulnerabilidades encontradas pelos investigadores s�o corrigidas, e o sistema – j� atualizado – � novamente submetido a testes.
 


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