
"Ele era um velho, falando mal da velha pol�tica e dizendo que iria construir a nova pol�tica", comentou o petista em entrevista � R�dio A Tarde , da Bahia, nesta quarta-feira (20). O or�amento secreto consiste na distribui��o de verbas sem transpar�ncia para garantir apoio pol�tico ao governo Bolsonaro. A pr�tica, revelada pelo Estad�o em maio, se tornou poss�vel ap�s a cria��o das emendas de relator, ou RP9, pelo Congresso, no fim de 2019. "Eles governo est�o praticando a mais horrenda velha pol�tica com a maior desfa�atez", criticou o ex-presidente.
Apesar das considera��es ao atual governo, Lula admitiu que v� com otimismo a nova proposta de benef�cio social que prev� o pagamento de R$ 400 por m�s aos benefici�rios em 2022. Para ele, mesmo que a proposta tenha tom eleitoral, cabe � popula��o avaliar o proveito que o chefe do Executivo quer tirar da iniciativa. "T� vendo o Bolsonaro dizer agora que vai dar R$ 400 de aux�lio. Tem gente dizendo que � aux�lio eleitoral, que n�o podemos aceitar. N�o penso assim. O PT defende um aux�lio de R$ 600 desde o ano passado. O povo precisa. Ele tem que dar. Se vai tirar proveito disso, problema dele".
Na vis�o de Lula, seus governos provaram que "pobre n�o � problema", mas, sim, a "solu��o". "Quando ele pobre est� participando do bolo do Or�amento, na receita constru�da pela sociedade, esse cidad�o vira um consumidor, vira um cidad�o de primeira classe, forma um degrau na escala social, pode participar do dinamismo da economia do Pa�s", defendeu.
No entanto, mesmo destacando a recente movimenta��o do governo sobre a quest�o social, Lula comentou que o Brasil est� sendo governado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que, segundo o ex-chefe do Executivo, n�o cumpre as metas estabelecidas.
De olho em 2022, com a lideran�a garantida nas pesquisas eleitorais, Lula refor�ou o apelo para que as elei��es n�o sejam priorizadas, uma vez que h� o per�odo de um ano at� elas ocorrerem. No momento, o petista destacou que devem ser resolvidos os "problemas sociais do Brasil".
Restabelecendo a promessa feita ao seu eleitorado, o ex-presidente afirmou que, somente no in�cio do ano que vem, deve definir sobre sua candidatura e, ent�o, come�ar a fazer viagens pelo Brasil. Contudo, Lula disse que, independentemente de qualquer circunst�ncia, ele far� campanha no ano que vem, seja como candidato, cabo eleitoral ou eleitor.